HORAS DEPOIS
Depois de infindáveis horas de reunião que começou por volta de 14 horas e terminou perto de 20 horas, o COES - Centro de Operações de Emergência em Saúde decidiu que não haverá fechamento total em Santa Catarina.
Os técnicos recomendaram novas ações para o enfrentamento da Covid-19 no Estado, como multas, horários diferenciados e uma atenção ainda maior durante a Páscoa. Foram sugeridos fechamentos mais rígidos para regiões mais graves. Mas o grupo técnico desconsiderou a hipótese de um lockdown no estado.
As recomendações foram pontuadas na proposta final, que será entregue ao governador nesta semana.
MENOS MAL
Foram sensatos e claro, o peso da decisão na economia do Estado foi avaliado e muito.
Quando se fala em economia do Estado, além do governo propriamente dito, as demais atividades, contam.
Fechamento por 14 dias significa: desemprego, novas falências, situações de vulnerabilidades múltiplas, inadimplência, mais doenças e etc.
Estamos tentando sair de uma situação de quase penúria e o trabalho é o insumo mais importante neste momento.
EXEMPLO DE CRICIÚMA
Um vídeo do prefeito de Criciúma Clesio Salvaro – PSDB – está rodando nas redes sociais. Na manifestação ele diz que está assinado um “ decreto de lockdown voluntário” e afirma:
- Estou assinando o decreto de lockdown na prefeitura de Criciúma. Lembrando só um detalhe: lockdown sem remuneração. Não quer vir trabalhar? Não tem problema. Quer se cuidar? Ótimo. Vai ficar em casa, mas não vai receber salário.
E ainda diz:
- É muito fácil pedir lockdown com a geladeira cheia e o salário garantido!
Ah! Se a moda pega!!
Queria ver a reação da turba do “fique em casa”.
A PARTE DE CADA UM
Neste momento e mais do que nunca, a missão de cada um é fazer sua parte no processo de retomada gradual e sem interrupção da nossa economia.
A peça mais importante dessa grande engrenagem é a manutenção de empregos, o que faz a roda girar.
Se a vacina é a solução, aguardemos que chegue em quantidade suficiente para todos.
Enquanto isso, o bom senso deve prevalecer e que as lideranças parem de politizar o problema.
Se há eficiência no tratamento precoce, o que impede a instituição do procedimento?
CONTROVERSO
Todas as informações são controversas e ninguém possui certeza de nada.
Há uma quantidade imensa de teorias e para todos os gostos.
Uma hora, os médicos europeus atestam a eficácia da Ivermectina.
Outra hora, a imprensa do “quanto pior - melhor” diz o contrário.
Há quem defenda isolamento total, mas há que diga que não resolverá nada.
No meio disso tudo está o povo que já não sabe mais o que fazer.
VAI PESAR
As decisões de governadores em tempos de pandemia – com mais erros do que acertos – vai pesar no voto do eleitor em 2022.
Aliás, o sentimento negativo já está fazendo as primeiras vítimas.
O governador João Dória (PSDB-SP) - foto principal - ávido pelo Poder - e que criou uma celeuma em torno da vacina com o Presidente Jair Bolsonaro – já acenou que desistiu da Presidência da República e que tentará a reeleição à frente do Estado de São Paulo.
Se depender dos paulistas e os indicadores não mentem, a “coça” já está pronta.
O mesmo acontece em Santa Catarina: as decisões erradas ou a falta delas, apontam que Carlos Moisés será despejado como mandante no Estado.
Resta saber quem apresentará as melhores credenciais e que cairá no gosto dos catarinenses.
HOJE EM DIA
Com as informações na palma da mão, através de smartphones, o eleitor está muito mais antenado nos acontecimentos e os recebe em tempo real.
Daí, o ato de confrontar a notícia poderá desmascarar alguns.
Há quem se deixa levar, permite o engodo, mas a maioria esmagadora está escaldada.
Seriedade, eficiência, capacidade de decisão, zelo com o dinheiro público e pulso na hora de decidir – são requisitos em alta nos dias atuais.
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