RETA FINAL
No próximo domingos e em todo o Brasil, os caminhos levam às urnas para a escolha de governadores, senadores, deputados federais e estaduais.
Com exceção da disputa presidencial e um caso aqui e outro acolá para governador, os demais cargos pretendidos estão com campanhas mornas.
Até as bandeirolas pelas ruas (nos cruzamentos das vias e semáforos) estão em número muito menor.
O pessoal entregando material de campanha, idem.
Tudo está muito aquém do que já vimos em campanhas anteriores.
Não sei se falta entusiasmo dos pretendentes ou dos eleitores.
ERROS NAS PESQUISAS
Ninguém apontou onde está a má fé (se ela existe) nas pesquisas eleitorais, notadamente para a Presidência da República.
São diferenças gritantes e vistas nas ruas.
No decorrer da semana em cursos veremos outros números, outros percentuais.
Há quem justifique que se trata da “metologia” utilizada.
Há quem aposte em “ação deliberada” e resultados, conforme o gosto de quem contrata.
O correto é dizer que: o brasileiro não acredita mais em pesquisas e os institutos precisarão se reinventar com outro nome, outra denominação.
A designação “pesquisa” deverá ser eliminada de vez e o motivo é só um: credibilidade zero.
A CULPA É DO IBGE
Para justificar as disparidades entre candidatos, os institutos acharam um culpado há mais ou menos 15 ou 20 dias: o IBGE.
Segundo informações, o censo que vem sendo utilizado é de 2021 e os dados coletados de 2020.
Daí surgem as diferenças:
- As faixas salariais
- O número de desempregados
- O número de evangélicos e assim por diante.
Num dos cálculos que vi e referindo-se ao censo de 2021, o percentual de evangélicos era de 21,5%, mas agora estaria em 31,5%.
Em todos os itens apontados, as diferenças são muito grandes e “os dados” defasados seriam os grandes culpados pelos erros.
EM SANTA CATARINA
A disputa anda meio embolada para se descobrir quem irá para o segundo turno e fazendo frente para Jorginho Melo (PL), o único que, pelo visto, já carimbou a passagem.
Gean Loureiro (União Brasil), Esperidião Amin (Progressista), Carlos Moisés (Republicanos) e Décio Lima (PT), todos estão com o mesmo peso.
Para Moisés e Décio, a rejeição será determinante, afinal de contas, são os campeões.
Indicativos apontam que ambos, salvo os milagres de última hora, passarão para o segundo turno.
Atingiram o teto de crescimento e ficarão onde estão.
Já escrevi e vou repetir: quem atingir entre 18 e 20% das intenções de voto irá para o segundo turno com Jorginho Melo.
CARTADA DE MOISÉS
O Governador Carlos Moisés que foi eleito na "onda Bolsonaro em 2018", virou a casaca logo em seguida e quis ficar de bem com "os lacradores, os politicamente corretos, rompendo com o Presidente.
E assim permaneceu ao longo dos últimos 3 anos e 10 meses, buscando a reeleição dissociado do governo federal.
No entanto, em que pese muito tardiamente, a sua equipe de campanha está tentando "a última cartada": tentar colar em Bolsonaro.
Agora, o traidor de Bolsonaro resolveu fazer 2 milhões de santinhos e mostrando a foto do Presidente, como quem diz:
- Estamos juntos!
O detalhe, senhor governador, é que Santa Catarina lhe conhece e arrependimento, mesmo que tardio, não se aplica na vida terrena.
JÁ SE FALA EM APOIOS
Os bastidores da política estão mais movimentados do que se imagina.
Os candidatos possuem pesquisas para consumo interno, porém, não podem divulga-las por força da Lei Eleitoral.
Todos sabem sobre chances reais e já trabalham nos apoios para o segundo turno.
Quem estará com quem?
Caso Décio Lima (PT) não passe para o segundo turno, os petistas estarão com quem?
Com Jorginho Melo, certamente não será!
A semana será decisiva em termos de campanha, no entanto, quem não fez até agora – esgotadas as munições – não fará mais.
O crescimento de 2 pontos percentuais será comemorado como se fosse a própria vitória eleitoral.
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