O governo apresentou deficit primário de R$ 105,2 bilhões nas contas públicas no acumulado de janeiro a setembro de 2024. Houve uma piora em relação ao mesmo período de 2023, quando o saldo negativo foi de R$ 94,3 bilhões em valores nominais –variação de 11,5%.
O Tesouro Nacional divulgou o balanço do sumário executivo. O resultado diz respeito às contas do governo central, que inclui Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central.
Eis o resultado de acordo com cada órgão:
Tesouro Nacional e Banco Central – superavit de R$ 160,6 bilhões;
Previdência – deficit de R$ 265,8 bilhões.
É o pior resultado desde 2020, ano em que teve início a pandemia de covid-19. Naquele período, o deficit acumulado de janeiro a setembro foi de R$ 677,4 bilhões.
Na prática, o rombo apresentado dificulta a missão do governo em cumprir a meta fiscal para 2024, que estabelece deficit zero. Há um intervalo de tolerância de 0,25 p.p (ponto percentual) do PIB (Produto Interno Bruto) para o saldo primário, que corresponde à subtração entre receitas e despesas, sem contar o pagamento dos juros da dívida.
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