FALAR A MESMA LÍNGUA 1
Se não foi um erro de principiante, o release do MDB enviado na noite de segunda-feira falando sobre reunião da tarde, no mínimo, está carregado de maldade e só pode ter sido produzido por apoiadores da aproximação com o Governador Carlos Moisés.
Enquanto jornais e sites davam como certa, a decisão de Antídio Lunelli em disputar a convenção do partido, o material distribuído no release dizia o contrário: que estava mantida a indicação de Lunelli como vice.
Ficam algumas perguntas pendentes:
- Quem produziu o release estava presente na reunião?
- Se não estava – quem foi a fonte que norteou o release?
Conseguiram transformar um documento - que deveria conter informações importantes – numa salada de desinformação e afirmações inverídicas.
Comunicação é algo sério e como sabemos – de cor e salteado – uma vírgula muda todo o contexto da informação.
O DESMENTIDO
A informação sem pé e nem cabeça contida no release foi rapidamente desmentida por fontes mais confiáveis. Numa checagem rápida, os pontos e vírgulas foram colocados nos devidos lugares e causou alvoroço nas bases emedebistas – sempre favoráveis e eufóricas com uma candidatura própria.
O MDB precisa acertar os ponteiros, o compasso.
Definir nomes para a ALESC, Câmara dos Deputados e o Senado.
Se há cobiça no cargo de Senador? Claro que sim!
Existe apenas uma vaga e o MDB é o maior partido do Estado.
Em 2018 deu o mandato para Jorginho Mello – mesmo sendo do PL – portanto, sabem que podem eleger um Senador.
FALAR A MESMA LÍNGUA 2
A tendenciosidade nos releases do MDB bateu todos os recordes no material que foi enviado na tarde de ontem.
Relatando a visita do Governador Carlos Moisés à sede do partido e certamente por anuência de quem mandou produzir o comunicado, o material assinala que :
"Durante a conversa, o presidente Edinho Bez afirmou a ele que muitos emedebistas têm a mesma vontade de apoiá-lo."
E foi além na tendenciosidade ao afirmar em nome do MDB, palavra oficial do partido:
"Depois de colocar a sede do partido à disposição para novas visitas, Edinho se comprometeu em intensificar nos próximos dias o diálogo com as lideranças do partido em busca de consenso e unidade rumo às eleições de outubro".
Alguém já disse ao Edinho Bez que as bases emedebistas rejeitam Moisés?
Já cientificaram Edinho Bez que o ato demonstra que está de joelhos, o que não é uma marca emedebista?
GRANDE DEMAIS
No caso de Antidio Lunelli – que se sujeitou aos caprichos de alguns emedebistas ao ser indicado como o candidato ao cargo de vice – sua trajetória ficou grande demais para Moisés.
Prefeito que emplacou a austeridade com sucesso em Jaraguá do Sul, a sombra de Lunelli virou incômodo, a famosa “pedra no sapato”.
Por outro lado, a situação mostrou de forma inequívoca que “de política, o atual Governador não passa de neófito”.
Vai acabar ficando sozinho na corrida e contando apenas com o REPUBLICANOS, o partido que passou a ser chamado de seu.
Neste momento, o ex-prefeito Antídio Lunelli está mostrando que além de competente gestor, também tem sorte.
Carregar o peso morto de Moisés seria um fardo e tanto.
RESPINGOS
Os deputados que durante todo o tempo – na maioria das vezes às escondidas – tramaram favoravelmente ao Governador Moisés – sem dúvidas – sentirão os respingos da ação.
Muitos já estão sendo chamados de “traidores do MDB e até de vendidos”.
A situação de volúveis, inconfiáveis, deverá render a perda de votos no pleito de 2022.
Soma-se a bendita palavrinha: reeleição.
Traíram o partido, querem a reeleição e precisarão explicar isso para as bases.
Muitos deverão ficar com “cara de cachorro arrependido” e veremos qual será a reação dos seus eleitores.
APROVEITAR
Claro que o MDB deverá ter candidatos novos, os chamados de “primeiro mandato”.
Se fosse um deles, entre minhas citações de campanha, agregaria a informações sobre fidelidade partidária, fidelidade às bases.
Além disso, ainda faria questão de frisar sobre os vendilhões que ainda permanecem nas fileiras e que vão buscar os votos dos catarinenses.
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