FRUSTRAÇÃO
Ficou um sentimento de frustração com o “Relatório do Ministério da Defesa”.
Fizeram tanto suspense, a coisa foi guardada com tanto segredo e isso vinha provocando no brasileiro, o sentimento de que “temos capacidade técnica e vigilância” para superarmos e dirimirmos qualquer dúvida.
Nem uma coisa e nem outra.
O Ministério da Defesa não apontou nada do que já não sabemos.
Aliás, o principiante de TI, também diria:
- Num ambiente de internet, gerenciado e executado por seres humanos, tudo é possível.
Mais:
- Todos, ainda que tenham apenas um neurônio, sabem que a internet não é 100% confiável e que existem vulnerabilidades.
Não fosse assim, os hackers não existiriam.
Também não haveria tanto investimento em segurança cibernética.
O QUE SE ESPERAVA?
Com denúncias de favorecimento, erros gritantes na distribuição de propaganda eleitoral e a consequente demissão do denunciante, votos registrados sem que a pessoa tenha votado, mais eleitores do que habitantes, abusos de autoridade, a população esperava muito mais do que um simples relatório.
Esperava “o dedo na ferida”, o apontamento cirúrgico dos acontecimentos, ou seja, que dispuséssemos de uma equipe capaz de apontar as lambanças.
Que nada!
Para piorar a situação (e com o devido perdão da expressão), o Tribunal Superior Eleitoral – em ato contínuo e imediato – disse que está “cagando e andando” para o relatório.
Apontou que “quando julgar oportuno” vai verificar os apontamentos.
É o mesmo que classificar o relatório de chinfrim, medíocre, irrelevante.
TEMOS PARCELA DE CULPA
Por sinal, a parte que nos toca não é pequena e demonstra claramente, a capacidade de receber goela abaixo do brasileiro, a resignação de aceitar tudo que está entranhada no caráter do país.
Querem provas?
- Quando Lula foi descondenado pelo Ministro Edson Fachin do STF – sob o argumento de crime com outro CEP – qual foi a reação do povo brasileiro?
Nenhuma – é a resposta correta.
Segundo o jurista Ives Gandra Martins, o momento de manifestações foi àquele.
Mas tudo passou batido como se nada estivesse acontecendo.
- Quando foram apresentados pedidos com milhões de assinaturas para o impeachment de Ministros do STF (o recordista é Alexandre de Moraes, seguido de Luís Roberto Barroso) e que foram engavetados sob o traseiro do Presidente do Senado Rodrigo Pacheco, a reação dos brasileiros esteve onde?
Salvo um caso aqui e outro acolá, as manifestações ficaram atrás das telinhas dos computadores e smartphones, com pouca ressonância e repercussão, diga-se de passagem.
O povo nunca esteve nem aí para os acontecimentos que gerariam “desfechos piores”.
Fazendo uma analogia para quem tem apenas “meio neurônio”, preciso perguntar:
- O que acontece quando você deixa uma fruta com um pequeno triz de podridão em meio à uma caixa saudável?
Pois é! Foi o que aconteceu!
A podridão tomou conta de todas as frutas!!
Os fungos destrutivos contaminaram a totalidade.
Ahhhh! Ninguém enxergou a caixa de frutas...
Entendi.
ANTES QUE ME ESQUEÇA
Vou fazer uma pergunta e não precisa mais do que "meio neurônio" para responder:
- Quem saiu fortalecido no processo eleitoral?
Preciso dizer que foi o Ministro Alexandre de Moraes?
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