PARECE PIADA
Fernandinho Beira-Mar quer sair da cadeia e pela porta da frente.
Para tanto, após passar apor exames psiquiátricos, a defesa irá alegar “insanidade mental”.
Segundo o advogado, o pobre coitado do Fernandinho “está com comportamento alterado, após tantos anos preso e em regime diferenciado”, ou seja, sem contato com os outros.
Obviamente, o operador do direito tem as prerrogativas de buscar todas as saídas para o seu cliente, mas pensar nisso beira à insanidade.
Fica ainda pior se imaginarmos – comparando com as últimas decisões – que alguém poderá pensar da mesma forma e decidir favoravelmente.
QUEM É FERNANDINHO BEIRA-MAR?
A biografia do bandido ganhou até a Wikipedia.
Veja:
Fernandinho Beira-Mar foi criado na Favela Beira-Mar, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro (daí o apelido).
Aos 20 anos, Fernandinho foi preso por roubo, tendo chegado a furtar armas pesadas do Exército e revendê-las para traficantes cariocas. Ao cumprir sua pena de dois anos, voltou a morar na Favela Beira-Mar onde, aos 22 anos, tornou-se um dos "cabeças" do tráfico local.
Para fugir aos cercos da polícia local, decidiu se refugiar no Paraguai durante o final dos anos 90 com seu principal fornecedor de maconha. Já com o intuito de dominar a distribuição de drogas no Rio de Janeiro, Fernandinho Beira-Mar providenciou uma festa e chamou parentes e aliados. A polícia por sua vez fez um cerco para prendê-lo, mas ele escapou e, por se sentir traído por seus aliados, ordenou mortes e assumiu a distribuição de drogas local.
Fernandinho Beira-Mar fugiu ao Uruguai, como não tinha muitos recursos, se aliou com as FARC na Colômbia para estudar como unir facções, mas foi preso pelo exército colombiano em 2001 e deportado ao Brasil no mesmo ano.
No presídio, Beira-Mar conseguiu adquirir pistolas automáticas dentro da penitenciária Bangu I e no dia em 11 de setembro de 2002 executou o desafeto Uê, líder da ADA, que tinha recusado unir as facções para se pôr contra o Estado.
Fernandinho Beira-Mar está preso desde 2002. Desde aquela data até 2008, foi sendo transferido constantemente, de presídio em presídio, devido ao fim do regime especial de prisão e de decisões da Justiça.
Em dezembro de 2010, durante a ocupação do Complexo do Alemão, foram encontradas cartas atribuídas a Beira-Mar, possivelmente enviadas da prisão, em Mato Grosso do Sul. Nessas cartas, o prisioneiro sugere que seus comandados se aliem às milícias do Rio de Janeiro e organizem sequestros de autoridades para trocá-las por milicianos que se encontrem presos. Com base na apreensão das cartas, Beira-Mar voltou a ser enquadrado no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).
Em 2 de fevereiro de 2012, foi transferido para a Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia. Atualmente, cumpre pena na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS)
Em 2015, Beira-Mar foi condenado a 120 anos de prisão pela morte de quatro traficantes durante uma rebelião ocorrida em Bangu I, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em setembro de 2002.
Em agosto de 2016, Fernandinho foi condenado a mais 30 anos de prisão pela morte de estudante em 1999, cumprindo parte da pena na Penitenciária Federal de Porto Velho.
Em maio de 2017, foi novamente transferido para a Penitenciária Federal de Mossoró no Rio Grande do Norte.
Em agosto de 2019, concluiu sua graduação em Teologia na Faculdade Batista do Paraná (Fabapar). Em seu trabalho de conclusão de curso, critica o capitalismo e o define como subversão dos valores de Jesus Cristo. Ao mesmo tempo, divulgou planos para lançar sua própria marca comercial.
Em 17 de abril de 2023, foi condenado a mais 14 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão por organização criminosa na Operação Epístolas em 2017. Seis filhos, irmã e ex-mulher do traficante foram condenados por outros crimes. A vereadora Fernanda Izabel da Costa, uma das filhas de Fernandinho Beira-Mar, é um dos condenados pelo Tribunal Regional Federal de Rondônia, por organização criminosa apontada nas investigações da mesma operação.
Sua pena chega a 320 anos de cadeia.
O BRASIL NÃO É UM PAÍS SÉRIO
Enquanto isso 817 Leis que endurecem as penas para criminosos estão em alguma gaveta do Senado Federal.
Aliás, a informação correta é dizer que existe Lei que foi aprovada em 1993, portanto, há 30 anos e que se perdem em algum móvel do Senado da República.
É a impunidade que campeia, grassa e encontra guarida na política.
Uma pena que o cidadão/eleitor não se interessa pelo trabalho de quem recebe o seu voto.
DESISTI
Durante muito tempo e por muitas vezes, denunciei, assinei representações, comprei brigas, perdi amizades, dinheiro e até emprego por buscar a Justiça, o que nunca aconteceu.
NUNCA!
Recebi muitos ofícios sobre “prescrição, perda de prazo e por aí afora”.
Resultado concreto? Nenhum!
Diante disso, o máximo que venho fazendo é falar dos casos!
Quem quiser tomar providência (até os que deveriam por função) que tomem.
Caso queiram continuar fazendo ouvidos moucos – que façam!
Perdi o meu tempo, os meus advogados trabalharam de graça e também perderam tempo, busquei preservar o dinheiro público, fui processado algumas vezes e tudo terminou em nada.
Não farei mais!
E não me venha com essa conversa de que "não podemos desistir".
Não existe o pronome "nós"!
Na hora do pega pra capar, o que resta é o "eu".
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