VERGONHA NACIONAL
Vejam como as coisas são interessantes e feitas – ao que tudo indica – de caso pensado.
Enquanto os brasileiros estão indignados com a vaza toga (com razão) pelo que se apresenta, os políticos resmungando se haverá ou não o impeachment do Ministro Alexandre de Moraes, na penumbra, no escurinho, nos corredores fedorentos, a trama foi urdida.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado protagonizou na quarta (21) um dos momentos mais vergonhosos da história recente do Congresso, aprovando projeto que desfigura a Lei da Ficha Limpa para beneficiar políticos inelegíveis por envolvimento em casos de corrupção. A jogada tem o DNA do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha: o projeto é de sua filha, deputada Dani Cunha (União-RJ), com parecer entusiástico do relator na CCJ, senador Weverton Rocha (PDT) e terá prioridade para votação da proposta indecorosa no plenário do Senado.
O projeto reduz a punição dos políticos ladrões, autorizando candidaturas já nas eleições deste ano e os habilitando a voltarem à cena do crime.
A Lei da Ficha Limpa prevê que político ladrão fica inelegível pelo tempo equivalente ao restante do mandato mais os oito anos seguintes.
A inelegibilidade será só de oito anos, a partir da posse no mandato em que praticou o crime. Isso livra todos os corruptos transitado em julgado.
E o brasileiro achando que o grande problema é somente o Ministro Alexandre de Moraes.
DESGRAÇA POUCA É BOBAGEM
A reoneração da folha de pagamento vai trazer algumas consequências que o sujeito imbecilizado, ainda não se deu conta:
- O empregado custará mais caro para o empregador. Até 2027 será de 35% a mais.
- Muitos setores (são 17 no total) e que empregam milhares de pessoas, caso não quebrem de vez, terão que demitir.
- Obviamente, o custo será repassado ao consumidor, ou seja, tudo mais caro.
- Provavelmente, o consumo será reduzido. Quem não demitir por aumento na taxação, o fará por falta de demanda.
Alguns não sabem diferenciar “obra de arte do mestre Picasso com pica de aço do mestre de obra”, então não há o que se discutir.
Fábio Luiz Fernandes Castelo Guedes, conhecido como Fábio Negão
ATENTE
A chamada "rachadinha", que ocorre quando um agente público detentor do poder de nomeação retém para si parte do salário do servidor comissionado, configura a prática do crime de peculato-desvio. O Vereador de Itajaí Fábio Luiz Fernandes Castelo Guedes, conhecido como Fábio Negão, foi condenado à pena de 93 anos e seis meses de reclusão, em regime inicial fechado, e ao pagamento de multa de cerca de R$ 280 mil, além da perda do cargo de vereador, por ter praticado o crime 347 vezes. A condenação foi obtida pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e resulta das investigações da Operação Contracheque, conduzida pela 9ª Promotoria de Justiça da Comarca de Itajaí com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO).
A assessora particular do vereador, Thayana de Souza da Costa, que intermediou a cobrança da rachadinha 305 vezes, foi condenada a 63 anos e seis meses de reclusão, em regime inicial fechado, e ao pagamento de multa no valor aproximado de R$ 60 mil. Segundo a ação penal da 9ª Promotoria de Justiça da Comarca de Itajaí, desde janeiro de 2021, como vereador de Itajaí, Fábio Negão utilizava sua influência para nomear ocupantes em cargos comissionados no Poder Executivo. Entre 2021 e 2023, o vereador, com o apoio de sua assessora, desviou mensalmente parte dos salários de servidores para benefício próprio.
Mas isso é só lá?
Claro que não é!
Alguém de lembra de fatos ocorridos aqui em Jaraguá do Sul?
Será que temos outros casos – ainda em andamento – onde o indicado “contribui” para quem indicou?
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