A VERGONHA ACABOU, DESCARADOS?
Daniela Barbalho, esposa de Helder Barbalho (MDB), governador do Pará, foi eleita para o cargo de conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE), na terça-feira.
A votação ocorreu em Sessão Especial no plenário Newton Miranda, na Assembleia Legislativa do Pará (ALEPA).
Com a nomeação para o cargo em caráter vitalício com salário de R$ 35 mil, a primeira-dama ficará com a função de fiscalizar se o próprio marido está gastando o dinheiro público de forma correta.
Daniela teve a indicação ao cargo pela ALEPA e teve aprovação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Durante a eleição 36 parlamentares foram a favor da nomeação da primeira-dama e apenas 2 foram contra.
Daniela Barbalho é formada em direito pela Universidade da Amazônia (Unama), passou pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) e pelo escritório Coelho de Souza Advogados.
Já foi secretária municipal de Cidadania, Assistência Social e Trabalho entre 2007 e 2012, em Ananindeua, na Grande Belém, quando o marido Helder Barbalho foi prefeito do município.
Helder Barbalho é filho do senador Jader Barbalho (MDB-PA) e irmão do ministro das Cidades Jader Filho, nomeado por Lula. Helder fez campanha para Lula nas últimas eleições de 2022, que culminou na vitória do petista.
É o quinto caso de nepotismo explícito e impune de governadores ou ex-governadores que perderam o pudor.
A FARRA SE ESTENDE
No governo Lula opositores já haviam questionado o fato de esposas de alguns ministros receberem cargos de conselheiras em Tribunais de Contas, são elas:
- Rejane Dias, mulher de Wellington Dias, ministro do desenvolvimento Social, eleita no TCE-PI
- Renata Calheiros, casada com Renan Filho, ministro dos Transportes, eleita no TCE-AL
- Marília Góes, esposa do ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, eleita no TCE-AP
- Aline Peixoto, esposa do ministro da Casa Civil, Rui Costa, eleita a nova conselheira do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia.
Quando você acha que as pessoas já perderam toda a vergonha, o valhacouto cava mais um pouquinho e mostra novas facetas.
POR QUE NÃO DEU CERTO?
A quase federação entre o União Brasil e o Progressistas afundou, principalmente, por conflitos envolvendo diretamente Luciano Bivar (União) em Pernambuco. Na esfera nacional, inicialmente, Bivar responderia como presidente do grupo e Ciro Nogueira, cacique do PP, levaria a administração dos fundos partidário e eleitoral, e revezariam essas atribuições. A grana do partido ultrapassaria os R$1,3 bilhão.
Caciques regionais do PP e do União reclamaram da divisão do poder. O próprio Bivar teve embates com Dudu da Fonte (PP), em Pernambuco.
Bivar e aliados querem embarcar de vez no governo. A ideia não agrada a Ciro, não é consenso no União e muito menos entre os progressistas.
A federação seria o primeiro passo para uma fusão. Hoje, se criado, o partido seria o maior do Congresso, com 108 deputados e 15 senadores.
NEGATIVA
A insistente negativa do Secretário de Estado de Administração Prisional e Socioeducativa de Santa Catarina Edenilson Schelbauer ao dizer que “tudo está bem na pasta”, minimamente falando, é cortina de fumaça.
Além de denúncias contra si próprio, o Secretário está cego para os acontecimentos no Estado:
- Descontentamento latente dos Policiais Penais com nomeações de inexperientes
- Descontentamento da categoria com a reforma administrativa proposta pelo Governador Jorginho Melo
- Os incidentes envolvendo a pasta: incêndio, fugas e tentativas de fugas, overdose de drogas em presos e assim por diante.
O homem está em Nárnia?
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