BONS TEMPOS
Nos meus tempos de escola (e já faz muito tempo), o dia 7 de setembro era motivo de euforia!
Calça azul (ou shorts), camiseta branca e calçado preto!
Todos nós recebíamos uma fitinha verde e amarela e a colocávamos no peito.
Era de um simbolismo gigantesco e um orgulho que não cabia dentro da gente.
Alinhadinhos (tudo conforme os ensaios), Bandeira do Brasil, Bandeira do Estado, Bandeira do Município e Bandeira do Colégio – abriam o desfile.
A nossa fanfarra rompia o silêncio e marchávamos por quarteirões – que ficavam curtos demais para exibirmos tanto orgulho.
Quando se falava em Forças Armadas – de chofre – nos imaginávamos integrantes, defensores da “Pátria Livre”.
E entoávamos, altivos:
Já podeis, da Pátria filhos
Ver contente a Mãe gentil
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil
Já raiou a liberdade
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil
Brava gente brasileira
Longe vá, temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil
Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil
Houve mão mais poderosa
Zombou deles o Brasil
Houve mão mais poderosa
Houve mão mais poderosa
Zombou deles o Brasil
Brava gente brasileira
Longe vá, temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil
Não temais ímpias falanges
Que apresentam face hostil
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil
Vossos peitos, vossos braços
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil
Brava gente brasileira
Longe vá, temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil
Parabéns, ó brasileiros
Já, com garbo juvenil
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil
Do universo entre as nações
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil
Brava gente brasileira
Longe vá, temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil
RELEIA
Se você nunca prestou atenção, faça um esforço e releia a letra do Hino da Independência.
Se souber interpretar com os devidos pontos e vírgulas, o retrato que se apresenta está muito diferente do que vemos nos dias atuais.
Onde “raiou” a liberdade?
Aliás, a “brava gente brasileira” deve estar escondida em alguma moita e cheia de “temor servil”.
O Brasil e os brasileiros foram atirados à própria sorte.
Os desmandos campeiam em todos os cantos.
Há perseguição desenfreada e sem critérios. Ninguém está imune!
Alguns se autoproclamam “donos de poderes jamais vistos e nem contestados”.
O verbo precisa mudar de tempo e apresentar-se no presente:
“Os grilhões que nos forjava...”
Errado! O correto é:
“Os grilhões que nos forja”.
SUSTENTAÇÃO
Há um provérbio português que diz:
“Não há mal que sempre dure e não há bem que não se acabe”
Assim sendo e enxergando o mal se avolumar, o caminho é demonstrar o descontentamento, apontar os erros e convencer outras pessoas que o trajeto está errado.
Devemos fazer isso antes da chegada do carrasco.
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