NO MÍNIMO, ESTRANHO
As declarações atravessadas do Senador Marcos do Val (PL-ES) – que depois amarelou – no mínimo, o transformam numa pessoa que não é merecedora de confiança.
Perde a reputação como homem e como Senador da República.
A figura do “agente duplo” - o que faz o serviço para os dois lados – nem na história da humanidade, terminou bem.
De repente diz uma coisa e na sequência já muda a informação.
Um papelão digno de quem é adepto do mau-caratismo e o transformou da noite para o dia em pessoa desprovida de reputação.
AMARELOU
Segundo informações dadas em declaração pelo próprio Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, o encontro entre ele e Marcos do Val, aconteceu.
O Ministro também confirmou que do Val revelou um suposto plano para “gravar a conversa entre ambos”.
Intimado a dar um depoimento e colocar a informação no papel, ou seja, na condição de depoente/testemunha, o Senador “correu da raia”.
Alegou ser algo “da inteligência, desconversou, saiu pela tangente” e foi “dispensado” do encontro.
O Senador vai carregar a pecha de mentiroso ou de frouxo.
Nas últimas horas, o Senador apresentou novas versões nas redes sociais.
Alegou, entre outras coisas, que as declarações do Ministro Alexandre de Moraes não são verdadeiras.
Afirmou, também, que foi até a Polícia Federal para a transcrição das suas mensagens de Whatsapp com o Ministro e que vai denunciá-lo à PGR.
Ou seja: a coisa tende a degringolar.
SEI BEM COMO É
Ao longo da minha vida profissional – e lá se vão muitos anos - a quantidade de denúncias que recebi daria um livro.
Algumas muito graves e sempre me dispus a levar os casos adiante.
A minha proposta sempre foi muito simples aos denunciantes:
- Vamos agora ao Ministério Público da área pertinente! Acompanho-o (a) e vamos relatar o fato. Você dá um depoimento ao Promotor de Justiça, sou testemunha da sua oitiva e vamos dar sequência na questão...
Todos – indistintamente – pularam fora, fugiram, amarelaram.
As desculpas sempre foram as mais esfarrapadas:
- Ah! Não quero aparecer...
- Mas vai envolver meu nome?
- Sou comerciante e não posso ser prejudicado...
- Posso ser perseguido...
Sempre correram da responsabilidade.
O meu questionamento era o básico:
- E por que você acha que eu posso fazer isso e arcar com as consequências?
AÍ FICA ESCLARECIDO...
...porque existe a sensação de impunidade que campeia Brasil afora.
Fácil de entende:
- Na hora do “pega pra capar”, os homens desaparecem (e aqui se aplica o termo no sentido homem e mulher).
Talvez seja melhor empregar: a honra desaparece, a coragem some, o comprometimento com bem comum vai embora.
Com essa ausência de dignidade, os bandidos deitam e rolam – porque sabem que nada vai acontecer e “na hora do vamos ver”, a coragem vira fumaça.
MORREM PELA BOCA
Alguns políticos (agora Marcos do Val) se juntou, sempre morrem pela boca.
Falam demais e não sustentam o que foi dito.
Isso não acontece somente em Brasília.
Aqui em Jaraguá do Sul tem vereador sendo processado por falar demais, mentir demais, atentar contra a honra e claro, já está respondendo por isso civil e criminalmente.
As pessoas precisam aprender sobre observações.
Com isso conseguimos desmascarar os apedeutas de modo bem fácil.
Tudo é uma questão de tempo.
FALANDO EM TEMPO
Há muito – repetidas vezes – ouvi do meu pai:
“O tempo é o senhor da razão”.
De fato! O tempo (ainda que lentamente) coloca tudo no devido lugar.
Desnuda o caráter e revela o canalha, despe a mentira e mostra quem é o calhorda.
O patife não se esconde por muito tempo.
O biltre não possui criatividade para continuar com seu engodo.
A melhor escolha de vida é ser aliado do tempo.
Basta esperar que as revelações chegam.
Melhor: assistimos de camarote.
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