ALIA JACTA EST
Assim diria um romano no seu primoroso latim e cuja tradução significa: a sorte está lançada.
Hoje é o grande dia para o governador afastado, Carlos Moisés.
O Tribunal Misto – composto por desembargadores e deputados – julgará o segundo pedido de impeachment.
Se o Tribunal decidir pela inocência, acabou!
Se entender que houve culpa, o julgamento será pela Assembleia Legislativa.
Todos os indicadores apontam para a absolvição de Moisés.
APOIOS
Prefeitos, vereadores, empresários, deputados – serra abaixo ou acima – manifestaram apoio à Moisés.
O sinal é claro de que a interina Daniela Reinehr – por todos os atos – não convenceu.
Documentos elaborados e assinados – entregues até pessoalmente – indicam a volta do Coronel Moisés.
Tomara que ele tenha aprendido a lição.
PEDIDO DE SUSPENSÃO
O pedido apresentado pelo deputado estadual, Ivan Naatz (PL), de que a sessão do julgamento do processo de impeachment contra o governador afastado, Carlos Moisés da Silva (PSL), seja adiado até que o Conselho Superior do Ministério Público decida se mantém o arquivamento, ou desarquiva o inquérito contra Moisés no âmbito do caso Veigamed, foi negado. A decisão do presidente do Tribunal de Justiça e do Tribunal Misto, Ricardo Roesler, foi publicada há pouco.
De acordo com Roesler, pela segunda vez Naatz pede o adiamento, agora, alegando a questão no MP, o que para ele, é surpreendente, assim como a tentativa, uma vez mais às vésperas do julgamento, de protelar a solução do processo de impeachment. “É importante que se destaque as circunstâncias desse pedido, a fim de que se esclareça efetivamente a sociedade do que ocorre”, escreveu o magistrado, completando: “Começo por observar que a peça vem despida de qualquer documento. Faz voto, sem qualquer apontamento, e sem a clareza e ciência de que ele não determina a sorte do julgamento pois, até sua solução, ele pode ser modificado – o que deve saber o peticionante é da essência do julgamento colegiado. Ainda assim, não há o mínimo substrato material”, destaca Roesler.
Em outro ponto, o magistrado lembrou que também antes do julgamento anterior, Ivan Naatz contestou a parcialidade de um dos julgadores, no caso, Zé Milton Scheffer (Progressistas), pelo fato de ter sido o líder do governo na Assembleia Legislativa. “Ao resolver o pedido anterior observei, como faço agora, que o peticionante não atua aqui a partir de suas prerrogativas de agente político, mas de cidadão. Fosse o contrário, tomada de outras medidas em face da tentativa de obstrução da jurisdição, a exemplo da comunicação formal da Casa Legislativa. De todo modo, a despeito da particular condição com que se receba o peticionante, ele não detém legitimidade pelo só-fato de não integrar o processo”, afirma Roesler.
Ainda em mais um ponto da decisão, Roesler parece dar uma bronca em Naatz. “Causa espécie, aliás, que o peticionante ponha em dúvida a lisura do julgamento, sob o argumento de que alguns dos integrantes estejam propensos à determinada solução”, destacou, completando em mais um trecho que Naatz é declaradamente opositor a Moisés.
PALANQUE
A CPI da Pandemia está mais para um circo do que para algo sério.
Bem disse, o Deputado Federal Celso Maldaner: serve para palanque ou para negociatas!
Quem acompanha os depoimentos não fica com nenhuma dúvida: fizeram da CPI uma campanha eleitoral antecipada.
É impressionante a perda de tempo e o volume de conversa fiada.
Talvez – mas muito talvez – os que mais roubaram sejam punidos.
No entanto, a certeza fica a cada dia mais difícil..
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