O JOGO
Leio (apavorado, confesso) uma avaliação do Senador Weverton Rocha (PDT/AM) que “pelos seus cálculos”, pelo menos 50 votos serão favoráveis à aprovação da indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino, ao Supremo Tribunal Federal (STF). Rocha é o relator da indicação.
Sim! O aludido senador é da base do governo.
Para aprovação, são necessários, no mínimo, votos de 41 dos 81 senadores no plenário.
O senador antecipou que irá apresenta parecer a favor da indicação de Flávio Dino. “Irei apresentar um relatório falando de sua vida vitoriosa, do pleno saber jurídico. Temos muita tranquilidade em levar um relatório com a indicação para aprovação do nosso sabatinado”.
Tenho o direito e vou duvidar do Weverton e exponho os motivos:
- Não se pode considerar uma “vida vitoriosa” se analisarmos as acusações contra Dino enquanto ele foi governador do Maranhão.
Aliás e a bem da verdade, o Maranhão é o Estado com o maior índice de pobreza, miséria e violência do país.
- Também não dá para chamar de “vida vitoriosa”, a omissão latente e galopante de Flávio Dino sobre os atos de 8 de janeiro.
- O que dizer da visita da “dama do tráfico” ao seu Ministério? Terá a mesma prática, caso seja Ministro do Supremo Tribunal Federal?
- E a visita ao Complexo da Maré – reduto do Comando Vermelho e onde só se entra com autorização?
- E o sumiço das imagens do dia 8 de janeiro?
Se isso é vida vitoriosa, a minha merece uma atenção especial do Vaticano para a devida canonização e em vida!
SE A INTENÇÃO
O que se busca é “politizar ainda mais o STF”, impregnado de ativismo.
Como já falei em vídeo:
- Só falta declarar o STF como partido político, sem seguir os ritos, afinal de contas, os “iluministros” mandam e desmandam.
Dispensam a Constituição Federal como quem troca de camisa.
É líquido e certo que a presença de Dino no STF possui um alto teor de um ingrediente mortal: a censura.
O brasileiro verá em pouco tempo, as ideias maquiavélicas de Dino na prática e com a tranquilidade de quem tem um Senado frouxo pela frente, incapaz de qualquer ação de impeachment contra um ministro.
Vai fazer e desfazer!
O último indicado e que foi barrado à condição de Ministro do STF, aconteceu em 1894.
E olha que naqueles dias “existiam homens com “H maiúsculo”.
Se considerarmos as delicadezas, safadezas e falta de caráter, a grande maioria já sabe o que nos aguarda.
DEVER DE CASA
As eleições que acontecem no Brasil demonstram de modo claro e inequívoco (escancarado seria o mais correto) que o brasileiro não faz o “dever de casa”.
Basta olharmos a “qualidade dos políticos” eleitos e teremos provas que sobejam.
Porém, a oportunidade chegará novamente.
Se aproveitarão já é uma outra história.
Em 2024, a oportunidade de mudanças será única.
Sugiro alguns itens para a melhoria significativa da política:
- Vida pregressa do candidato
- Se for pretendente à reeleição, a avaliação do mandato facilitará e muito.
- Envolvimento na comunidade
- Lembrar sempre de uma máxima: quem é não diz porque quem diz não é.
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