NÃO É NOVIDADE
A disputa dos novos deputados federais pelos apartamentos funcionais em Brasília criou uma espécie de comércio paralelo nos últimos meses do ano.
A demanda é tão grande que os atuais deputados, derrotados nas últimas eleições, que estão de partida, podem até cobrar “pedágio” para ceder o ambicionado apartamento funcional.
A troca é simples: o ocupante cede o imóvel antes dos três meses regulamentares, desde que o novo inquilino tope pagar pelo mobiliário no qual investiram.
VIROU UM NEGÓCIO
Deputados novatos conseguem moradia mais cedo e os derrotados na eleição levantam verbas para pagar, inclusive, as dívidas de campanha.
Imóveis funcionais bem localizados e conservados, alguns repaginados por decoradores, são uma das disputas silenciosas do poder, na cidade.
Na Câmara, por exemplo, são 432 apartamentos funcionais. Cabe ao poderoso 4º Secretário da Mesa Diretora, a prerrogativa por administrar os imóveis.
LOBISTAS
O deputado Carlos Zaratini (PT-SP) é o autor do Projeto de Lei (já aprovado na Câmara dos Deputados) que legaliza o lobby no âmbito dos 3 Poderes e legitima explicitamente a prática de “influenciar processo ou tomada de decisão” sobre licitações e contratos e até na formulação de estratégias ou políticas públicas, na produção de ato administrativo, decisão regulamentar ou atividades correlatas.
O texto define o lobby como “representação de interesse” a ser exercido por pessoa natural ou pessoa jurídica por meio de interação presencial ou telepresencial com agente público, dentro ou fora do local de trabalho, com ou sem agendamento prévio.
Só para lembrar: a farra da corrupção teve início no primeiro governo Lula
ESTÁ EXPLICADA
A invasão de antigos lobistas a Brasília, muitos deles com passagens pela política e outros pela polícia, fazem a festa de bares e restaurantes da cidade, agora lotados. Andavam sumidos desde a posse de Bolsonaro no Planalto.
Agora estão enxergando “a volta das oportunidades”.
Calma! Ainda é só o começo!
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