SEMANA DECISIVA NO MDB
A semana iniciante será de muita movimentação no MDB de Santa Catarina.
A convenção marcada para sábado – 23 de julho – deverá colocar um ponto final nas disputas internas, mas também pode descambar para uma judicialização.
Acontece que “algumas figuras carimbadas dentro do partido” – afrontando o estatuto do partido – ainda querem mudar as regras do jogo aos 45 minutos do segundo tempo.
Por exemplo:
Incentivado por meia dúzia de deputados, o ex-prefeito de Joinville Udo Döhler – que em mais de uma oportunidade declarou apoio para Antídio Lunelli – quer disputar a convenção na condição de candidato do partido.
Não pode! Sequer participou das prévias.
Daí o risco da judicialização.
FOSSE O CONTRÁRIO?
Está claro como o sol de que “as prévias” foi um movimento para decidir quem seria o candidato do partido ao cargo majoritário.
Havia prazo e até aconteceu alguns ensaios de última hora, mas que foram abandonados e por uma razão muito simples: mais de 80% dos diretórios pesquisados declararam apoio à Lunelli.
Daí, o recuo de alguns de última hora.
No entanto, o período de habilitação para disputa das prévias não contou com a figura de Udo Döhler. Muito pelo contrário: ele sempre disse que não disputaria as prévias.
No andar da carruagem, as abóboras que se ajeitem.
Caso contrário, o caminho será espinhoso.
TRAIDOR E INCONFIÁVEL
Nos diretórios do MDB, a figura de Döhler vem sendo apontada como sendo “um traidor e pessoa que não se pode confiar”.
Além da concordância – de chofre – subserviente ao Governador Moisés, o caso vai além: Udo foi conselheiro de Lunelli na administração de Jaraguá do Sul, foi incentivador da candidatura e renúncia do cargo de prefeito, ou seja, de pessoa de confiança vestiu a carapuça de desleal, traiçoeiro, pérfido.
A cada reunião da Executiva Estadual, cresce o sentimento da candidatura própria.
Para levar o projeto adiante, o MDB não dispõe de outro nome com capacidade de estimular o partido, senão Lunelli.
Os temperos apontam para uma vitória de Lunelli na convenção.
DISPUTA
A disputa mais acirrada ficará por conta da única vaga ao Senado: Celso Maldaner e Paulo Afonso devem protagonizar o embate – com o deputado Rogério Mendonça – o Peninha – correndo por fora.
Há um outro desenho que se encaminha: a chapa pura do MDB na disputa ao Governo do Estado.
Nenhuma possibilidade deve ser descartada e as negociações estão em curso.
E O DÁRIO BERGER?
O Senador está sentindo na pele, a importância que tentou impor dentro do MDB – o seu ex-partido e que não encontrou ressonância.
Representando a velha política, desgastado, o parlamentar se esqueceu sobre a necessidade de renovação.
Bateu o pé, fez beicinho, ameaças de sair do partido e com isso foi perdendo espaço.
Ficou isolado, mas fez questão de posar para fotos – numa demonstração de desafio do tipo: tem quem queira!!
Foi para o PSB com a promessa de ser vice numa eventual chapa composta pela esquerda em Santa Catarina.
Levou uma rasteira gigantesca e agora não sabe para onde vai.
Ao que tudo indica, o caminho será muito solitário.
Comentários: