DESCRENTE
Os brasileiros possuem motivos de sobra para a descrença e reafirmar aquela velha frase de que “No Brasil, o crime compensa”.
As decisões do Supremo Tribunal Federal são verdadeiros incentivos para que cada vez mais, os bandidos debochem da Justiça brasileira.
Gedel Vieira (MDB) que foi ministro de Lula e Temer – flagrado ao alugar um apartamento e transformá-lo em caixa forte com a bagatela de 51 milhões de reais em espécie – devidamente acondicionados em caixas – foi beneficiado com a liberdade condicional.
De acordo com a concessão dada pelo Ministro Edson Fachin do STF, a pena de Gedeal – também foi reduzida em quase 2 anos – porque ele fez cursos de capacitação enquanto esteve preso e também foi aprovado no ENEM.
Os R$ 51 milhões encontrados no apartamento alugado e que serviu de bunker para a grana – comprovadamente – era dinheiro de corrupção em contratos mediados com órgãos públicos.
O Brasil vive a era da bandidolatria!
TEM MAIS
Quem se lembra de Gim Argelo? A figura era senador pelo Distrito Federal e foi preso numa das operações da Lava-jato.
Pois, o homem está “leve, livre e solto”.
Também recuperou os direitos políticos que haviam sido cassados.
Por que? Explico:
Gim Argello foi condenado em outubro de 2016, pelo então juiz Sergio Moro, a 19 anos de prisão, pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e obstrução de Justiça. Ele foi acusado de ter recebido propina para evitar a convocação de empresários na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) da Petrobras, em 2014.
A sentença de Argello foi depois reduzida a 11 anos e 8 meses pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4). Ele chegou a ficar três anos preso, cumprindo pena em Curitiba, mas foi solto em 2019 graças a um indulto assinado pelo ex-presidente Michel Temer.
A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, por 3 votos a 1, anular a condenação do ex-senador.
A maioria dos ministros seguiu o voto vista do ministro João Otávio de Noronha. Ele entendeu que o foro competente para ter julgado o caso era a Justiça Eleitoral, e não a 13a Vara Federal de Curitiba, onde ele foi condenado. A ação foi anulada por vícios processuais e encaminhada para a Justiça Eleitoral.
Ora! O que é um crimezinho eleitoral?
CLIMA TENSO
Informações de bastidores, portanto, oficiosas – dão conta de que houve um “climão” no encontro do MDB – ocorrido ontem em Floripa.
Foi uma espécie de reunião para “serenar os ânimos”- exaltados, por sinal.
Pelo sim – pelo não, as prévias marcadas para o dia 19 de fevereiro estão mantidas, mas houve manifestação para mais um adiamento.
Acontece que alguns deputados estaduais – desesperados com a reeleição – acham que o governador Moisés é o “salvador do partido” e estando operando uma farta distribuição de recursos (promessas, pelo menos) é o nome a ser filiado no apagar das luzes permitida pela legislação eleitoral.
Fala daqui e fala de lá, o Presidente do Diretório Estadual Celso Maldaner – conforme consta na ata que publicamos ontem – manteve tudo como dantes.
O prazo de inscrição dos postulantes ao cargo de governador se encerra hoje.
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