COVARDES
Está a cada dia ficando mais desgastante apontar os desmandos do Brasil.
Temos uma classe política covarde, frouxa, sem falar que a grande maioria possui um passado comprometedor e nas mãos dos Ministros do Supremo Tribunal Federal.
A coisa tem funcionado mais ou menos assim (e já falei isso várias vezes):
- Não mexe cá e não mexemos lá!
Ainda na edição de ontem publicamos sobre os pedidos de impeachment dos togados.
Não atentou?
Então leia:
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso lideram os pedidos de impeachment no Senado. São 22 pedidos contra Moraes e outros 17 contra Barroso. O ministro Gilmar Mendes aparece em terceiro, com seis, seguido por Cármen Lúcia, quatro. Todos dormitam na gaveta de Rodrigo Pacheco, presidente do Senado a quem cabe decidir se o pedido anda. Ricardo Lewandowski se aposentou sem ser incomodado por três pedidos de impeachment.
Como Lewandowski, Dias Toffoli e Edson Fachin também somam três pedidos cada. Rosa Weber, aposentada, e Luiz Fux, dois cada.
Além dos 22 pedidos esquecidos na gaveta, Moraes viu outros 20 serem mandados imediatamente para o arquivo.
O pedido mais antigo é de agosto de 2008, contra Gilmar Mendes. Seis meses depois, em fevereiro de 2009, acabou arquivado.
MORTE NAS MÃOS
Não bastassem os abusos dos “iluministros”, o caldo entornou de vez com a morte do preso Clériston Pereira da Cunha, cujo caso, restou provado que não estava em Brasília nos atos de 8 de janeiro.
Ao menos quatro peças da defesa, incluindo três laudos médicos, foram apresentadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) atestando o estado de saúde delicado do empresário Clériston Pereira da Cunha (46), preso pelos atos do 8 de janeiro, que morreu na segunda-feira (20) no presídio da Papuda, após parada cardiorrespiratória.
De acordo com a advogada Tanielly Telles de Camargo, informações dos demais presos indicaram que demorou cerca de 25 minutos a chegada de socorro médico, mas era tarde.
Numa petição, três laudos médicos que apontavam a inviabilidade de manter o empresário na Papuda. ‘Clersão’, como era conhecido, tinha complicações cardíacas decorrentes da Covid-19. “Nesse sentido notório que a segregação prisional PODERÁ SER SENTENÇA DE MORTE ao referido, uma vez que a conjugação dos tais tratamentos também se faz necessário em conjunto com medicação prescrita”, alertaram os advogados de defesa.
MORREU AOS POUCOS
Em 31 de janeiro, o médico de Cleriston apontou suas condições de saúde e sobre o risco de morte.
Os advogados peticionam desde maio, juntando documentos sobre a situação debilitada do preso.
Em agosto, o próprio Ministério Público manifestou pela soltura.
No período de confinamento, Cleriston passou mais de 30 vezes pela enfermaria da Papuda por complicações de saúde.
Nada comoveu o Ministro Alexandre de Moraes que sequer analisou a situação relatada em petições.
Agora, o “comovido juiz” quer informações “urgentes” sobre a morte.
Já as teve e não deu a mínima.
O BRASIL CLAMA POR JUSTIÇA
O caso não poderá passar impune e o país todo clama por Justiça.
Mas cobrá-la de quem?
O Senado que possui a função de fazer o “impeachment” de Ministros do STF, por enquanto, está silente.
Carrega parte da culpa porque engavetaram muitos pedidos contra Moraes e outros menos cotados.
A subserviência é desoladora.
Os interesses são inconfessáveis.
O Brasil precisa de uma revolução e alguns nos paredões.
É o que penso.
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