Serras e telefones celulares que entram na Pich de Chapecó/SC
"Os telefones encontrados nas celas não são aqueles pequeninos. São modelos smartphones, grandes, ficando claro que são os próprios servidores que trabalham aqui que trazem com custo na faixa de 10 a 15 mil, cada um".
Este é um dos trechos de relato de servidor da SEJURI - Secretaria de Justiça e Reintegração Social de Santa Catarina - lotado na Penitenciária Industrial de Chapecó, região Oeste do Estado.
Segundo ele, as apreensões foram totalizadas da seguinte forma:
Em 2022 - apreendidos 45 celulares e 09 serras
Em 2023 - apreendidos 135 celulares e 53 serras
Em 2024 - apreendidos 42 celulares e 05 serras.
Recente, os relatos são de pacotes atirados por cima do muro e recolhidos pelos presos. Há suspeita de que, além das drogas, a possibilidade de ter entrado armas, também é grande.
Armas artesanais não faltam dentro das celas
No relato, o servidor relata:
- Presença de apenas 2 agentes por galeria (às vezes 01)
- Sobrecarga com audiências, advogados, questões de saúde, aula, pátio.
- Atestados médicos (verdadeiros e por falsas doenças, apenas para afastamento)
- Falta de abastecimento de água
- Insistência das visitas online que deveriam existir apenas no período de pandemia, mas que persistem.
Há unanimidade na afirmação de que, as nomeações que seguem escolhas e interferências políticas diretas do próprio Governador Jorginho Melo (PL) ou de seus aliados na Assembleia Legislativa, resultam em gestão de qualidade duvidosa, colocando em risco a integridade e a própria vida dos servidores.
No início de março de 2024, servidores da chamada "casa de revista"foram feitos reféns e brutalmente espancados por presos rebelados.
O "castigo" para os agressores foi a suspensão de TV na cela por 60 dias.
O local é um barril de pólvora e com estopim curto.
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