QUAL PARTE VOCÊ NÃO ENTENDEU?
As pessoas com mente seletiva para a idiotice e são muitas, ainda acreditam que o governo federal está sendo “bondoso” quando anuncia o valor de R$ 15 bilhões de recursos para abertura de crédito em locais atingidos por calamidades públicas no Rio Grande do Sul.
Diz a notícia:
“Com isso, até R$ 15 bilhões poderão ser utilizados em financiamentos para empresas de todos os portes do Rio Grande do Sul, que enfrenta a maior tragédia climática de sua história com chuvas, alagamentos e mortes”.
ESPERE
Vamos repetir uma parte do texto:
“poderão ser utilizados em financiamentos para empresas”
Fi-nan-ci-a-men-to!!
Terão que pagar!
Não há bondade em empréstimo.
Corra lá e confira se o valor emprestado “terá juro zero”.
AJUDANDO A PREGUIÇA
Como é habitual, as pessoas são contaminadas pela preguiça em pesquisar.
Vou ajudar:
Os R$ 15 bilhões do Fundo Social poderão ser utilizados em três linhas de financiamento. A primeira é para compra de máquinas, equipamentos e serviços, com juros de 1% ao ano mais o spread bancário [diferença entre taxa de captação do dinheiro pelos bancos e a cobrada dos clientes], com prazo de até 60 meses e 12 meses de carência.
A segunda linha deverá financiar projetos customizados, incluindo obras de construção civil, com a mesma taxa de juros e spread e prazo de pagamento de até 120 meses com carência de 24 meses. O limite por operação desses créditos é de R$ 300 milhões.
A terceira linha será para ajudar no capital de giro emergencial das empresas, com custo base de 4% ao ano para micro, pequenas e médias empresas (MPME) e de 6% ao ano para grandes empresas mais spread bancário. O prazo será de até 60 meses com carência de 12 meses. O limite por operação é de R$ 50 milhões MPME e R$ 400 milhões para empresa de grande porte.
CRISE
As sucessivas pesquisas mostrando desaprovação bem maior que a aprovação, uma governança baseada em ódio e vingança e derrotas vexatórias como as ocorridas na terça (28), no Congresso, instauraram uma crise inédita no governo empossado há apenas 16 meses.
A derrubada de vetos de Lula, que queria manter as “saidinhas” de presidiários, e outras derrotas em votações importantes levaram José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, a pedir mudanças. “Não está bom”, admitiu.
“Ainda dá tempo”, diz Guimarães, de olho em pesquisas como a Quaest, indicando que, para 55% dos brasileiros, ele não merece ser reeleito.
O deputado petista defende mudanças urgentes, engajando não petistas para a articulação política, como nos primeiros governos Lula.
“Doeu” a decisão do Congresso contra o governo e o STF de jogar no lixo a censura nas redes sociais, a pretexto de “combate à fake news”.
Petistas veteranos atribuem erros de Lula à falta de assessores que ele respeite, levando-o a dar ouvidos a figuras primárias, como Janja.
REUNIÃO
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou todos os líderes do governo no Congresso Nacional para uma reunião na próxima segunda-feira (03). Foram chamados para o encontro os líderes na Câmara, deputado federal José Guimarães, (PT-CE), no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e no Congresso, Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP).
Lula quer lidar diretamente com os líderes e não deixar as conversas apenas com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Segundo interlocutores, o petista já avisou que a ideia é tornar esses encontros diretos uma rotina. O movimento acontece depois das derrotas acumuladas nesta semana.
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