PRIMEIRO OS MEUS
José de Magalhães Pinto, advogado, político mineiro, fundador da União Democrática Nacional (UDN), eleito deputado federal em 1945, participante da Assembleia Nacional Constituinte que elaborou a Constituição de 1946, cunhou uma frase célebre:
“Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”.
Isso aconteceu nos primórdios da década de 1950 e mostrava bem sobre o comportamento do referido político.
Não é que, passados mais de 70 anos, a frase ainda está em voga?
Que o diga o Palácio do Planalto.
O vice-Presidente Geraldo Alckmin resolveu “botar as manguinhas de fora e se posicionar contra os interesses petistas em São Paulo”.
Sem delongas, Alckmin declarou apoio à pré-candidatura de Tabata Amaral para a prefeitura de São Paulo. Assessores de Lula entenderam que a disputa local é vista como recado para questões federais.
Além de Alckmin, foi notada a presença do ministro Márcio França, também do PSB, enxotado do Ministério de Portos e Aeroportos e encaixado no nanico Micro e Pequenas Empresas.
O preferido de Lula é o deputado Guilherme Boulos do Psol.
São Paulo não pode regredir tanto!
OU PODE?
A julgar pelo comportamento eleitoral brasileiro, o que já anda muito ruim, poderá piorar.
Basta olharmos os acontecimentos das últimas eleições.
Políticos com histórico imundo e de passado “mais sujo do que pau de galinheiro”, continuam recebendo os votos dos eleitores.
Se o primeiro não presta, o segundo é pior ainda.
O político compra e o eleitor se vende.
Busca uma maneira de tirar algum proveito a cada temporada de eleição de depois disso, devidamente pago (baratinho porque é produto se péssima qualidade), certamente não terá moral para qualquer tipo de cobrança.
Aliás, as cobranças não existem porque já foram devidamente pagas.
ALHEIO AO QUE ACONTECE
Nem é preciso um grande exercício cerebral para descobrir o desinteresse do eleitorado.
Querem uma pergunta chocante?
- Quais projetos de interesse público, o vereador que recebeu o seu voto na última eleição apresentou no Legislativo da sua cidade?
Será uma raridade receber a resposta.
A bem da verdade, a grande maioria dos vereadores, também não conseguirá responder.
Alguns passaram o mandato inteiro sem apresentar absolutamente nada.
Outros arriscaram dar nomes para algumas ruas.
E existem os que entraram mudos e saíram calados.
No entanto, o salário caiu na conta no final de cada mês.
Mais: nomearam alguns assessores.
Mais: conseguiram alguns cargos para os apaniguados.
CONTA NO SEU BOLSO
Quer saber quanto custou o vereador que recebeu o seu voto?
Uma pesquisa rápida resolve o seu problema!
Basta ir no Portal da Transparência da Câmara de Vereadores do seu município.
Está tudo lá (pelo menos deveria estar): salários, assessores, viagens, diárias, despesas com telefones, papelaria e etc.
Também é possível saber pelo site de cada Legislativo, os projetos propostos e aprovados.
Se o eleitor não fizer isso, os aproveitadores continuarão fazendo promessas e enganando os trouxas.
Aplica-se aqui a máxima:
“Cada povo tem o governo que merece”.
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