A GUERRA DO PODER
Após identificarem digitais da Casa Civil na fritura de Alexandre Padilha (Relações Institucionais), políticos governistas centram fogo no ministro Rui Costa (Casa Civil), a quem acusam de segurar cargos e verbas e de ser o responsável pelos decretos de Lula que desfiguram o Marco Legal do Saneamento.
Os decretos foram derrubados na Câmara e correm risco idêntico no Senado.
Os próprios petistas dizem que a ambição de suceder a Lula na Presidência faz o ministro “meter os pés pelas mãos”.
Com os decretos, Rui Costa quis vencer na marra sua briga baiana com ACM Neto, ex-prefeito de Salvador que apoiou o Marco do Saneamento.
Líderes reclamam que não houve reunião sobre o tema.
Deputados que reclamam do rolo para liberação de recursos, ouvem do ministro que as emendas “seguem o calendário previsto no orçamento”.
Os parlamentares dizem que em obras relacionadas ao PAC, podendo ser vitrine eleitoral do governo, as emendas saem com mais agilidade.
CENSURA AVANÇA
Gatos escaldados’, parlamentares de oposição ao governo Lula (PT) temem o “avanço” do Judiciário sobre big techs”, que mantêm os serviços. José Medeiros (PL-MT), por exemplo, que viu suas prerrogativas parlamentares virarem pó, sofrendo bloqueio de suas redes com e sem ordem judicial, cita o caso do Telegram: “a cadela do totalitarismo está no cio”, diz.
Para o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), a situação “vai ficar pior que na China”, de governo autoritário.
Van Hattem (Novo-RS) garante que o regime ditatorial chinês pune menos que decisões judiciais no Brasil, como no caso do VPN.
“Estão igualando o Brasil a ditaduras”, reagiu a procuradora e deputada Bia Kicis (PL-DF), após decisão de bloqueio do Telegram.
André Fernandes (PL-CE) descreveu a decisão contra o Telegram de “abuso” e prometeu fazer um questionamento legal na Câmara.
AÇÃO DA RECEITA
A Receita Federal cumpriu mandados de busca e apreensão no Feiraguay, em Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador. O maior centro de comércio informal do Norte-Nordeste foi alvo de uma operação contra mercadorias falsificadas e contrabando.
A ocorrência foi registrada na última terça-feira.
Vamos com calma e analisarmos algumas questões:
Primeiro:
O nome do local é um indicativo: Feiraguay!
Ou seja, a possibilidade de “descaminho” (para não dizer contrabando) é gigantesca.
Permitir um nome – no caso do município – não tem nada demais, mas desconfiar de contrabando, é obrigação.
Segundo:
Um produto contrabandeado não paga impostos e vem daí a ação da Receita Federal.
Analisando pelo lado dos interesses de outros comerciantes que carregam a gigantesca carga tributária do Brasil, a ação está corretíssima.
Não há lealdade na concorrência entre quem vende mercadorias frias e aquele que emite nota fiscal.
Terceiro:
A sanha e a necessidade do governo federal em arrecadar ainda vai gerar muitas penalizações, no entanto, o caminho poderia ser outro.
No Feiraguay, os comerciantes tiveram as mercadorias apreendidas sem choro e nem vela.
Simplesmente perderam tudo.
Acontece que muitos utilizaram o dinheiro das tantas demissões para iniciar o próprio negócio e ali estava uma vida inteira de trabalho, apesar dos produtos com entrada ilegal.
Sem emprego e sem produto!
Poderia haver um meio termo.
Por exemplo:
Estimativa de valores dos produtos e multa, parcelada.
O resultado foi a apreensão pura e simples.
Muitos choraram em vídeos nas redes sociais (mas choraram mesmo) por conta da perda total.
Culparam Lula pela ação.
Alguns ainda confessavam que “fizeram o L”, portanto, não mereciam.
Lembraram que perderam os empregos por causa de Lula, foram bloqueados em programas sociais e até as águas do São Francisco – com fornecimento suspenso – entrou no combo.
Pensei:
- O amor venceu...
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