SEM ENTUSIASMO
A decisão da cúpula emedebista de se alinhar ao Governador Carlos Moisés – foram os convencionais cooptados – caiu com uma ducha de água fria nas bases, entusiasmada com a possibilidade de candidatura própria.
Soou como uma espécie de carta de alforria e autorização para o “vote em quem quiser”.
Fácil de entender:
- Juntar-se ao atual governo, dar o aval ao que já aconteceu, concordar com as políticas adotadas, os desmandos – não foi uma decisão da base emedebista, mas da cúpula que se mostrou subserviente, incapaz de ouvir os clamores da população por mudanças, surdos para os desejos contra os traidores.
A cúpula do MDB aderiu ao modelo traidor de Moisés e de agora em diante, a cobrança por fidelidade partidária será nula.
Os filiados do MDB estão livres para a escolha dos candidatos.
NA MESMA MOEDA
A arma dos emedebistas será o voto!
Enganados pelo discurso de “partido democrático”, os filiados darão o troco.
As pesquisas internas mostraram que a defesa da candidatura própria entusiasmava os diretórios municipais, o que foi desrespeitado – sabe Deus, as tratativas de convencimento.
Os filiados estão descompromissados com o partido e a vindita é algo muito palpável.
O caminho será “contra Moisés” e por consequência, contra o MDB.
Um leque de possibilidades está aberto, senão vejamos:
- O fortalecimento de outras candidaturas majoritárias – todos - com discursos contrários ao atual governador Carlos Moisés.
- O fortalecimento da candidatura de Dário Berger ao Senado – porque vai conseguir votos dos revoltados do MDB, minando Celso Maldaner.
- O fortalecimento da candidatura de Kennedy Nunes ao Senado pelo PTB: coerente e citando as mazelas vividas pelo povo brasileiro no momento.
- O ressurgimento mais forte da candidatura de Raimundo Colombo pelo PSD.
NAS MAJORITÁRIAS
O maior beneficiado com a decisão do MDB será o ex-prefeito da capital, Jean Loureiro -PSD.
Também ressuscitaram Esperidião Amin (PP)
Deram fôlego para Jorginho Melo (PL)
Até Décio Lima (PT) receberá um quinhão dos descontentes.
A pulverização dos votos será altamente prejudicial para Carlos Moisés.
Com isso, o MDB sairá prejudicado e poderá significar o esfacelamento do partido, enfraquecendo-o. A derrota de Moisés está logo ali e o sepultamento do MDB, também.
LUNELLI ABRE POSSIBILIDADES
Ontem pela manhã – em entrevista para o jornalista Toninho Neves da Rádio Colon de Joinville – Antídio Lunelli fez revelações estarrecedoras:
Mais de 100 convencionais não compareceram ao evento do MDB por pressão.
- Muitos foram demitidos de cargos no Governo do Estado porque manifestaram preferência por candidatura própria.
- Outros receberam o aviso de demissão na manhã de ontem.
- Reafirmou o que citamos muitas vezes: o MDB está cheio de velhas raposas! Trata-se de um partido que envelheceu no seu modo de fazer política, graças aos caciques que continuam dando as cartas e com tratativas, negociatas, decisões nada republicanas na calada da noite. Aos filiados, cabe apenas "carregar as pedras".
- Repetiu o que disse na convenção: " Na política é até possível esquecer uma traição, mas o traidor, nunca".
- Afirmou que ainda poderá disputar um cargo no Legislativo, o que poderá ser para a Assembleia ou Câmara dos Deputados.
Caso dispute uma vaga em Brasília, a decisão poderá “matar” a reeleição de Carlos Chiodini, o que já está difícil.
- Avaliou como “muito difícil”, a reeleição de Moisés!
OLHANDO ADIANTE
Diferente (muito) do meu comportamento (que chuto o balde fácil, fácil), Lunelli está programando algo lá na frente e de olho no MDB.
Apontando que o partido virou algo retrógrado, necessitando de renovação, o planejamento de Antídio Lunelli é o de assumir o comando do MDB em Santa Catarina. Com isso, poderia fazer as mudanças necessárias, uma espécie de assepsia.
Um cargo na Assembleia ou Câmara dos Deputados (o que não é necessário) lhe facilitaria o caminho.
No dia de ontem aconteceram duas reuniões importantes:
- Lunelli e sua equipe de campanha
- Lunelli com o presidente em exercício no MDB, Edinho Bez
Nas próximas horas deveremos ter novidades, oficiais.
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