O presidente Lula (PT) tem testado a inesgotável paciência do senador Rodrigo Pacheco, de acordo com fontes do Planalto, como parte de uma estratégia para desembarcar da candidatura de Davi Alcolumbre (União-AP) à presidência do Senado.
Lula nunca escondeu certa antipatia pelo senador do Amapá, em que não reconhece talento político, e se acha devedor de políticos fiéis a ele como Renan Calheiros, que sofreu derrota humilhante de Alcolumbre em fevereiro de 2019 e sonha retomar o cargo.
Alcolumbre inventou a candidatura Pacheco à sua sucessão com apoio de Bolsonaro, sob o compromisso de ser por ele apoiado em 2025.
A história com Bolsonaro também distância Lula do projeto Alcolumbre, ainda que tenha sido lembrado da traição de Pacheco ao ex-presidente.
Lulistas criticam Pacheco pelo comportamento dúbio, tentando agradar senadores da oposição para cabalar os votos que faltam a Alcolumbre.
Lula deve liberar a bancada, até para inflacionar os acordos por votos, sem lançar candidato: tipos como Calheiros não têm apoio suficiente.
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