O ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta, criticou a imprensa por manchetes sobre falas de Lula (PT) direcionada a ministros, quando o presidente terceirizou as responsabilidade pelo fiasco de sua gestão, atestada em quedas acentuadas de avaliação em pesquisas de opinião.
Durante o lançamento do programa ‘Acredita’, que traz novos instrumentos de crédito a distintos grupos da sociedade, o petista cobrou que os ministros dele “entrassem mais em campo” para ajudar na articulação política junto ao Congresso.
Lula cobrou que o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), fosse “mais ágil” e “conversasse mais” e que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), “deixasse de ler livros e dedicasse mais tempo a discussões com parlamentares”.
O petista também mencionou que o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, e o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, “deveriam passar a maior parte do tempo conversando com bancadas”.
Mais tarde, questionado por jornalistas sobre as declarações, Haddad afirmou: “Só faço isso (conversas com parlamentares) da vida”.
Em um café da manhã com jornalistas na teça-feira (23), Paulo Pimenta adotou um tom cordial para tratar do assunto, mas deixou explícito um incômodo com o destaque que os comentários receberam na imprensa.
Segundo o chefe da Secom, aquela foi uma “brincadeira” de Lula com os ministros e que acabou por ofuscar o anúncio do que classificou como “o mais importante programa de crédito já anunciado na história do Brasil”.
“Quem conhece o presidente Lula sabe da maneira alegre, fraterna e amiga que ele estabelece uma relação com todas as pessoas com quem ele convive e também conosco, que fazemos parte de sua equipe […] Qualquer pessoa que estava lá no evento percebeu que se tratava de uma forma carinhosa que o presidente Lula normalmente usa com as pessoas que ele quer bem”, afirmou.
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