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Domingo, 16 de Marco de 2025

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Novo aciona TCU contra mordomia nas viagens de Janja

Sem cargo, ela não se enquadra em nenhuma categorias previstas para desfrutar de classe executiva

Novo aciona TCU contra mordomia nas viagens de Janja
Foto Ricardo Stuckert
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O Partido Novo protocolou uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) questionando a legalidade da emissão de passagens aéreas na classe executiva pelo governo Lula para a primeira-dama Janja durante viagem oficial a Roma, na Itália, no início de fevereiro.

“É inaceitável que o governo ignore a lei para bancar mordomias com o dinheiro do povo. A ilegalidade e a imoralidade desse caso são evidentes: Janja, deslumbrada com as regalias do poder, recebeu um benefício que não tem qualquer respaldo legal”, destacou a deputada federal Adriana Ventura (Novo-SP).

De acordo com o documento encaminhado, a viagem de Janja, esposa do presidente Lula, teve um custo de R$ 34.100,00 apenas com a passagem de ida e volta na classe executiva.

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A representação, assinada pelos deputados federais Adriana Ventura (Novo/SP), Marcel van Hattem (Novo/RS), Gilson Marques (Novo/SC) e pelo senador Eduardo Girão (Novo/CE), aponta possíveis irregularidades e violação de normativas legais, como o Decreto nº 10.934/2022.

O decreto regulamenta a emissão de passagens aéreas pelo governo federal, restringindo o benefício da classe executiva apenas a ministros de Estado, servidores ocupantes de cargo em comissão ou função de confiança de níveis FCE-17, CCE-17 ou CCE-18 e servidores que estejam substituindo ou representando essas autoridades.

O partido ressalta que Janja, classificada como “não servidora – colaboradora eventual” no Painel de Viagens do Governo Federal, não se enquadra em nenhuma das categorias previstas para o uso da classe executiva.

A representação cita o Acórdão 606/2022 do TCU, de relatoria do ministro Antonio Anastasia, que reforça a limitação do uso da classe executiva apenas para ministros e servidores do alto escalão.

“Não há previsão legal para a concessão do benefício à primeira-dama ou a qualquer outro colaborador eventual”, destacou o documento.

Além da investigação, o partido solicitou ao TCU a concessão de uma medida cautelar para impedir que o governo federal emita novas passagens aéreas na classe executiva para Janja.

O documento ainda menciona possíveis recorrências da prática em 2024, quando Janja teria viajado na classe executiva para Paris, Nova Iorque e Dubai, todas custeadas com recursos públicos.

Entre os pedidos das bancadas do partido Novo estão:

* Concessão de medida cautelar para evitar novos gastos com passagens na classe executiva para Rosângela da Silva;

* Oitiva dos gestores da Presidência responsáveis pela emissão das passagens;

* Reconhecimento das irregularidades, responsabilização dos gestores envolvidos e ressarcimento aos cofres públicos.

FONTE/CRÉDITOS: DP
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