O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou o deputado estadual Renato Machado (PT) como o mandante do assassinato do jornalista Robson Giorno, ocorrido em 2019. Segundo a promotoria, Machado foi responsável por planejar e dirigir o crime. Ele já havia sido indiciado pela Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo.
Além do deputado, três outras pessoas foram acusadas pela morte de Giorno: Rodrigo José Barbosa da Silva (conhecido como Rodrigo Negão), Davi de Souza Esteves (subtenente Davi) e Vanessa da Matta Andrade (Vanessa Alicate). O MP alega que Rodrigo Negão e o subtenente Davi foram os executores do crime, motivado por vingança.
A denúncia indica que Renato Machado teria encomendado o assassinato em resposta a ataques à sua reputação, relacionados a uma suposta relação extraconjugal com Vanessa Alicate e uma alegada gravidez. O crime, que ocorreu em maio de 2019, resultou na morte do jornalista com seis tiros na presença de sua esposa. Robson era o proprietário do jornal “O Maricá”.
O Grupo de Atuação Especializada em Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ) formalizou a denúncia contra Renato Machado em 5 de julho de 2024, informando que, no momento, não há mais detalhes disponíveis sobre o caso.
Em resposta, o advogado Renan Gavioli afirmou que Renato Machado nega qualquer envolvimento no assassinato. A defesa destaca que a Justiça ainda não avaliou a viabilidade da denúncia, já que o MPRJ não apresentou documentos essenciais para essa análise. Além disso, a defesa critica a acusação, alegando que se baseia no depoimento de uma única testemunha, que apresentou diversas versões durante a investigação e foi presa por falso testemunho.
A nota da defesa também contesta as acusações de peculato e lavagem de dinheiro, ressaltando que o deputado não foi formalmente notificado sobre essas denúncias e que inconsistências já foram identificadas, que a defesa acredita que serão consideradas pela Justiça no devido tempo.