O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinou a apreensão do celular de Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da AEED (Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação), do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), depois do depoimento do perito, da ex-esposa e do ex-cunhado.
A ação busca investigar o vazamento de informações sigilosas contidas em mensagens entre perito e o juiz do Supremo Airton Vieira. O conteúdo das mensagens indicou o uso extraoficial da Corte Eleitoral por parte de Moraes.
Segundo a determinação de Moraes, foi solicitado a Taliaferro que o celular fosse entregue voluntariamente às autoridades. No entanto, o agente teria se recusado.
CELULAR
Em 9 de maio de 2023, o aparelho foi apreendido em Caieiras, na região metropolitana de São Paulo, sob posse de Tagliaferro.
Na época, o ex-chefe da AEED foi preso por violência doméstica. O celular ficou sob custódia da Polícia Civil e teria sido devolvido entre 15 e 16 de maio do mesmo ano. No entanto, à PF, o perito disse que entregou o celular desbloqueado (sem senha) à Polícia Civil. Ele disse ter recebido o aparelho 6 dias depois, deslacrado e corrompido, e afirmou que “jogou fora” o telefone. O investigado nega ter participação no vazamento das mensagens.
CASO MORAES
As mensagens e arquivos noticiados pela Folha foram trocados entre Moraes, seus auxiliares e outros integrantes de sua equipe pelo WhatsApp, como o juiz e assessor do ministro Airton Vieira e o perito criminal Eduardo Tagliaferro, que atuava no TSE até ser preso por violência doméstica contra a mulher. Os registros mostram que o gabinete do ministro pediu pelo menos 20 vezes a produção de relatórios de forma não oficial.
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