Com o avanço do caso das joias sauditas no bojo das investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes retirou o sigilo do inquérito e deu 15 dias para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste.
Com a conclusão do relatório, a PGR poderá pedir o aprofundamento das investigações, apresentar denúncia contra os citados no relatório ou arquivar o caso se concluir que não houve crime.
A Polícia Federal alega que o ex-presidente teria usado o dinheiro das vendas das joias sauditas para custear sua estadia nos Estados Unidos. O inquérito diz que o general da reserva Mauro Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, entregou US$ 25 mil (cerca de R$ 137,5 mil) ao ex-presidente.
“O valor parcial dos presentes entregues por autoridades estrangeiras ao então presidente da República Jair Bolsonaro, ou por agentes públicos a seu serviço, que foram objeto da atuação da associação criminosa, com a finalidade de propiciar o enriquecimento ilícito do ex-presidente, mediante o desvio dos referidos bens ao seu patrimônio pessoal, somou o montante de US$ 1.227.725,12 ou R$ 6.826.151,66”, afirma o relatório.
A tipificação apontada pela Polícia Federal é a seguinte: crimes de peculato (apropriação de bens públicos), lavagem de dinheiro e associação criminosa.
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