Pense Jornal - Sua fonte de notícias na cidade de Jaraguá do Sul

Sexta-feira, 11 de Outubro de 2024

Notícias/Nacional

Mauro Cid é preso após depoimento ao Supremo

Descumprimento medidas cautelares impostas pelo acordo de delação premiada que afrouxou a prisão do militar, e por obstrução de justiça

Mauro Cid é preso após depoimento ao Supremo
Foto reprodução
IMPRIMIR
Use este espaço apenas para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.
enviando

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro foi preso nesta tarde desta sexta-feira (22) após depor ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O militar foi  chamado ao STF após vazamento de áudio em que Mauro Cid criticou Alexandre de Moraes, ministro responsável pelo inquérito envolvendo o militar, e o trabalho da Polícia Federal.

Mauro Cid acabou acusado de descumprir medidas cautelares, impostas pelo acordo de delação premiada  que afrouxou a prisão do militar, e por obstrução de justiça.

Publicidade

Leia Também:

Atualização

    • Falsidade ideológica de documento público
    • Tentativa de inserção de dados falsos em sistema de informações
    • Uso de documento falso
    • Associação criminosa

      Cid foi preso depois do vazamento de áudios em que ele afirma ter sido pressionado pela Polícia Federal durante depoimentos, e também faz críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do STF. As gravações foram divulgadas pela revista "Veja" nesta quinta-feira (21).

      Antes de ser preso, Cid foi ouvido por cerca de 30 minutos, no STF, por um juiz auxiliar do ministro Alexandre de Moraes sobre o conteúdo dos áudios revelados pela revista.

      Segundo o STF, após o depoimento ao auxiliar de Moraes, Cid foi encaminhado ao Instituto Médico Legal pela Polícia Federal. Além disso, agentes da PF cumpriram mandado de busca e apreensão na residência do militar.

      Mauro Cid saiu preso de audiência sobre áudios em que acusa PF e Moraes

      Os áudios

      Nas gravações divulgadas pela "Veja", Cid acusa Moraes, que homologou a delação dele, e agentes da PF de estarem com a "narrativa pronta" – ou seja, de irregularidades ao longo do acordo de colaboração. Segundo Cid, os investigadores "não queriam saber a verdade".

       

      O advogado de Mauro Cid, Cezar Bittencourt, afirmou ao blog da Camila Bomfim que os áudios revelam um "desabafo", já que Cid vive um momento de angústia "pessoal, familiar e profissional".

      “Mauro César Babosa Cid em nenhum momento coloca em xeque a independência, funcionalidade e honestidade da Polícia Federal, da Procuradoria-Geral da República ou do Supremo Tribunal Federal na condução dos inquéritos em que é investigado e colaborador, aliás, seus defensores não subscrevem o conteúdo de seus áudios”, afirmou.
      Tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de Ordens do então presidente Jair Bolsonaro (PL), durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), em Brasília, nesta quinta-feira, 24. — Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

      Tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de Ordens do então presidente Jair Bolsonaro (PL), durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), em Brasília, nesta quinta-feira, 24. — Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

      Primeira prisão

      O ex-ajudante de ordens foi preso pela primeira vez em maio de 2023, na operação que investiga falsificação de cartões de vacinação de Bolsonaro, parentes e assessores.

      Em setembro, após seis meses detido, Cid fechou um acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal, que foi homologado pelo ministro Alexandre de Moraes. Em seguida, foi solto.

      No processo de delação, ele prestou uma série de depoimentos que auxiliaram a PF em apurações contra o ex-presidente, como a investigação sobre uma tentativa de golpe de Estado articulada após as eleições de 2022, para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

      Na semana passada, Cid foi indiciado junto de Bolsonaro e outras 15 pessoas pela falsificação de cartões de vacina. 

      A PF imputou ao militar os crimes de:

      • Falsidade ideológica de documento público
      • Tentativa de inserção de dados falsos em sistema de informações
      • Uso de documento falso
      • Associação criminosa
FONTE/CRÉDITOS: Redação
Comentários:

Veja também

Crie sua conta e confira as vantagens do Portal

Você pode ler matérias exclusivas, anunciar classificados e muito mais!