Em discurso na tribuna da Alesc, o deputado estadual Antídio Lunelli fez críticas ao governo federal em relação à morosidade na liberação de recursos para o estado do Rio Grande do Sul, que vem sendo atingido por uma enchente histórica nos últimos quinze dias. Até o momento, são mais de 600 mil pessoas desabrigadas e 447 municípios impactados. Ao todo, mais de 2,1 milhões de pessoas foram atingidas.
“O governo federal não pode ficar esperando que a burocracia siga o seu demorado curso, para então liberar dinheiro. Tem ministro esperando prefeito mandar ofício para só depois mandar ajuda. Mas em muitas cidades nem na prefeitura é possível entrar. Precisamos de agilidade no socorro. São tempos difíceis, de uma catástrofe sem precedentes, precisamos de competência e agilidade”, pontuou.
O parlamentar citou ainda a situação dos catarinenses, relembrando que as chuvas também preocupam municípios historicamente castigados por cheias e citou a necessidade de prevenção para dar esperança e tranquilidade para quem vive nestas localidades. “O governador Jorginho Mello autorizou, no último fim de semana, o início das obras de dragagem do Rio Itajaí-Açu, em Rio do Sul. Medida importante e acertada para dar segurança aos moradores dessa região que tanto já sofreram. A adoção dessa e de outras ações foram temas de diversas iniciativas do meu gabinete porque sei que prevenção é essencial”, comentou o parlamentar.
Para finalizar a sua fala, Lunelli reforçou a solidariedade ao estado vizinho Rio Grande do Sul e fez um apelo para que entidades da sociedade civil, governos municipais, estaduais e federal, população e voluntários se unam em uma corrente de trabalho e eficiência. “Precisamos pensar em soluções de modo global porque nosso estado também sofre com fortes chuvas. Inclusive os diversos segmentos da economia que levarão anos para se recuperar. O Rio Grande do Sul vai precisar de um plano de recuperação robusto”, finalizou.
Histórico de repasses
Segundo a Confederação Nacional dos Municípios, nos últimos 11 anos, todos os desastres naturais que ocorreram no Brasil somados causaram prejuízos de R$ 680 bilhões. Nesse mesmo tempo, os sucessivos governos liberaram apenas R$ 3 bilhões de reais em recursos para reconstrução.
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