O número de mortes de yanomamis no 1º trimestre de 2024, durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi de 74 –queda de 33% em relação ao mesmo período no ano passado.
Em 2023, foram 111 mortes. Os dados, preliminares, são do novo boletim do COE (Centro de Operações de Emergências), divulgado pelo Ministério da Saúde. Foi atualizado pela 1ª vez no ano.
Apesar da diminuição do número total, foi registrado um aumento de 20% nas mortes de yanomamis por agressão. No 1º trimestre de 2024, foram 18, contra 15 em 2023. Segundo o documento, as principais causas das mortes dos indígenas da etnia foram infecções respiratórias agudas, desnutrição e malária.
Segundo o ministério, “a precarização dos serviços e sistemas de saúde indígena até 2022 levou a uma situação de emergência de saúde por desassistência no Território Indígena Yanomami, produzindo subnotificação de adoecimentos e óbitos até 2022”.
MALÁRIA AUMENTA 35% Foram registrados 8.896 casos de malária entre indígenas da etnia nos primeiros 3 meses de 2024. O número representa um aumento de 35% em relação aos 6.611 no mesmo período de 2023.
Segundo o Ministério da Saúde, em 2023, 5.224 indígenas não tinham acesso aos serviços de saúde em 7 polos-base. Em 2024, todos os 37 já estão em operação. Com isso, disse o órgão, houve um aumento no número de diagnósticos e tratamentos –exames aumentaram em 83,1% entre yanomamis.
INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS Em 2024, foram registrados 3.470 atendimentos em que yanomamis apresentaram quadro de IRA (Infecção Respiratória Aguda) –136% a mais do que o número de 2023, quando foram feitos 1.472 atendimentos. Ao mesmo tempo, a taxa de letalidade por síndromes respiratórias caiu de 8,2% para 1,4%. Segundo o órgão, a alta no número de atendimentos se dá pelo aumento de casos como também de profissionais disponíveis. O órgão dispõe de 1.497 profissionais mobilizados no território.
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