O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu nesta 4ª feira (16.out.2024) que não irá retomar o horário de verão em 2024. O anúncio foi feito pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que disse considerar adotar a medida para 2026. Em apresentação feita a jornalistas, Silveira afirmou que a decisão que vem porque não houve tempo hábil para influenciar no período mais crítico, de 15 de outubro a 30 de novembro. Essa é a fase que coincide com o período de alto consumo de energia e de baixa nos reservatórios. A partir de dezembro, o período chuvoso é capaz de suprir os níveis hídricos e o regime especial não tem mais tanta importância.
“Na última reunião com a ONS (Operador Nacional do Sistema), chegamos à conclusão de que não há necessidade de decretação de horário de verão para este ano […] nós temos condições de, depois do verão, avaliar a volta desta política para 2025″, disse Silveira.
Antes da apresentação, Silveira esteve reunido com diretores do ONS que apresentaram um último relatório sobre a segurança energética do Brasil. A conclusão do estudo foi que o país consegue suportar o período de estiagem. Por outro lado, a bandeira tarifária vermelha –que deixa a conta de luz mais cara– deve ficar vigente até o final do ano para suportar o acionamento das térmicas que dão segurança ao sistema.
HORÁRIO DE VERÃO
O horário de verão não é adotado no Brasil desde 2019, 1º ano do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo levantamento do Datafolha divulgado na 2ª feira (14.out), 47% dos brasileiros são contra a volta do horário de verão.
A mesma parcela diz ser a favor. Outros 6% dos entrevistados afirmam ser indiferentes à retomada do mecanismo. Eis a íntegra (PDF – 151 kB). O horário especial foi criado em 1931, no governo de Getúlio Vargas (1882-1954). Voltou de forma perene em 1985, na gestão José Sarney, depois de ficar anos sem ser adotado. Com a retomada do horário de verão, o governo Lula estima economizar R$ 400 milhões e influenciar positivamente no crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).
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