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Sexta-feira, 18 de Abril de 2025

Notícias/Geral

Força-tarefa resgata 163 trabalhadores e interdita obra da BYD

Ministério Público do Trabalho e Polícia Federal identificaram operários em “condições análogas à de escravos”

Força-tarefa resgata 163 trabalhadores e interdita obra da BYD
Fotos MPT - reprodução
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Alertamos há mais de um. mês que o caso estava ocorrendo.

Uma força-tarefa do Ministério Público do Trabalho, da Polícia Federal e de outras organizações resgatou 163 trabalhadores em “condições análogas à de escravos” e interditou parcialmente as obras para construção de uma fábrica da montadora BYD em Camaçari, na Bahia.

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Segundo comunicado divulgado, operários estavam em condições precárias, dormindo em camas sem colchões e com um banheiro para cada 31 pessoas.

Uma das empreiteiras contratadas para realizar a obra é a Jinjiang Group –que participará de audiência com o Ministério do Trabalho e com o Ministério Público do Trabalho nesta 5ª feira (26.dez) para apresentar providências a serem tomadas para regularizar a situação. 

“As condições encontradas nos alojamentos revelaram um quadro alarmante de precariedade e degradância. No primeiro alojamento da Rua Colorado, os trabalhadores dormiam em camas sem colchões, não possuíam armários para seus pertences pessoais, que ficavam misturados com materiais de alimentação. A situação sanitária era especialmente crítica, com apenas um banheiro para cada 31 trabalhadores, forçando-os a acordar às 4h para formar fila e conseguir se preparar para sair ao trabalho às 5h30”, diz o Ministério Público do Trabalho.

A nota do MPT afirma que as instalações ficam interditadas até a “completa regularização” da situação com os órgãos que compõe a força-tarefa.

Em 3 de dezembro, a BYD solicitou o cancelamento do visto das pessoas envolvidas em exploração de trabalho na construção da nova planta da montadora em Camaçari, na Bahia. 

Uma reportagem da Agência Pública apontou que trabalhadores chineses de empresas terceirizadas estariam sendo submetidos a jornadas de até 12 horas diárias, sem folga semanal e sem acesso à água potável. Há relatos de agressões físicas por parte de superiores, incluindo chutes.

 

FONTE/CRÉDITOS: P
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