O Ministério da Saúde exonerou o coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Médio Rio Purus, da Secretaria de Saúde Indígena, Antônio Cícero Santana da Silva Apurinã, após denúncias de assédio sexual e moral.
As denúncias contra o ex-coordenador foram feitas por servidoras desde 2023, ano em que Apurinã foi nomeado para o cargo, tendo assumido o posto em fevereiro.
De acordo com as denúncias, o ex-secretário fazia propostas de sexo a servidoras e aquelas que resistiam, eram transferidas para áreas remotas ou perdiam o emprego.
No lugar de Apurinã, o ministério nomeou Aroldo Moreira da Costa, servidor de carreira, para assumir a cooperação do DSEI.
O distrito onde ele trabalhava fica localizado em Lábrea (AM), município que fica a cerca de 856 km da capital amazonense, Manaus. O local atende 12.357 indígenas em 128 aldeias.
O Ministério da Saúde afirmou em nota que “irá colaborar com as autoridades na investigação sobre as denúncias para que sejam apuradas como prevê a legislação”.
Investigações ao qual o jornal O Globo teve acesso apontam que mulheres procuraram um vereador da cidade de Lábrea, para relatar os episódios. As denúncias foram inclusive levadas para sessão plenária da Câmara do município em outubro do ano passado.
Na ocasião, o vereador José Hélio Camurça (Rep) afirmou repassou para a Polícia Federal as denúncias de assédio sexual feitas pelas servidoras, e que cerca de 30 servidores foram demitidos pelo ex-coordenador ao longo da gestão.
Outro membro do governo Lula cai por escândalo sexual
No dia 6 de setembro, o então ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, foi demitido do cargo após a série de escândalos envolvendo denúncias de assédio sexual contra funcionárias e até contra a colega de Esplanada Anielle Franco (Igualdade Racial).
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