Áudios divulgados pela Folha de S.Paulo nesta 3ª feira (13.ago.2024) mostram o juiz instrutor Airton Vieira, do gabinete de Alexandre de Moraes no STF (Supremo Tribunal Federal), planejando uma estratégia a fim de não tornar públicos os pedidos extraoficiais do ministro. Eles consistiam na elaboração de relatórios no inquérito das fake news contra bolsonaristas em 2022.
Em trocas de mensagens com o perito forense e então chefe da AEED (Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação) do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Eduardo Tagliaferro, ele pede discrição sobre os pedidos de Moraes.
“Formalmente, se alguém for questionar, vai ficar uma coisa muito descarada, digamos assim. Como um juiz instrutor do Supremo manda [um pedido] pra alguém lotado no TSE e esse alguém, sem mais nem menos, obedece e manda um relatório, entendeu? Ficaria chato”, disse ele.
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Segundo mensagens obtidas pelo jornal, o gabinete do ministro pediu pelo menos 20 vezes a produção de relatórios de forma não oficial por meio de mensagens trocadas pelo WhatsApp com integrantes de sua equipe. Os casos aos quais o jornal teve acesso não continham a informação oficial de que a produção do relatório foi feita a pedido do ministro ou de seu gabinete, mas, sim, por um juiz auxiliar do TSE ou por acusação anônima. Os documentos, então, eram usados para embasar medidas criminais contra bolsonaristas.
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