SORTE
Uma das coisas que ainda beneficiam os políticos é que o brasileiro tem o péssimo hábito da falta de leitura.
Se uma parcela da sociedade brasileiro buscasse informações a respeito dos nossos “representantes” em Brasília, a coisa teria outro rumo.
Pior: esses mesmos políticos sabem disso e diante da situação, deitam e rolam.
Fazem tudo como melhor lhes aprouver e claro, sempre buscando os interesses deles.
Faz tempo que o povo é um mero detalhe e ainda não acordou para isso.
CONDUTA
Ontem, por exemplo, o Senado aprovou uma Lei que “libera candidaturas” de políticos com contas rejeitadas, caso não tenham gerado prejuízos aos cofres públicos.
Vejam que absurdo: o órgão fiscalizador diz que as ações são reprovadas, as contas devem ser rejeitadas, mas o Senado achou um “jeitinho” de permitir que tais administradores continuem na vida pública.
Qual é o entendimento: que alguns meros erros formais estão condenando políticos, injustamente, claro!
MAS, ESPERE
Se são meros erros, coisa simplista, os órgãos de fiscalização recomendariam a reprovação das contas com a consecutiva rejeição ou determinariam as devidas correções?
É chamar o povo de otário, isso sim!
Daí a necessidade de que mais pessoas acompanhem os procedimentos e comportamentos políticos dos eleitos, caso contrário, nada muda.
ELEITOR É IMEDIATISTA
Na hora de escolher o seu representante político, o eleitor se esquecerá de tudo se puder ter um pedido atendido de modo imediato ou mesmo uma promessa de ganho futuro, como um emprego, por exemplo.
A troca do voto por benesses – muitas vezes migalhas – faz com que o político de má índole crie raízes.
O eleitor – devidamente pago e baratinho – não poderá reclamar depois.
AH, O STF!
O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha – o Malvadão – comemorou em redes sociais a decisão da segunda turma que aceitou o seu recurso no processo de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Depois de todo o tempo transcorrido não é que o STF encontrou uma “incompetência na Lava-jato?
Segundo entendimento do Ministro Ricardo Lewandowski, a 13ª Vara Federal de Curitiba tomou para si competências que não tinha e o caso deve ser remetido à Justiça Eleitoral. Caberá à Justiça Eleitoral do Rio de Janeiro analisar o caso e avaliar se mantém ou reforma as decisões do ex-juiz Sérgio Moro.
O que dizer?
NÃO DÁ PARA ENTENDER
Se o STF é o guardião e existe para garantir o cumprimento da Constituição Federal – pelo menos dizem isso – como é que se passou tanto tempo, tantas decisões sem que ninguém percebesse ou notasse as “incompetências de Curitiba”?
O momento não permitia olhares mais atentos?
Como é que agora descobrem tudo isso e mudam as decisões?
Acho que erros humanos podem existir, afinal de contas, ninguém é infalível.
Mas como manter um erro por tanto tempo e em situação tão definida, tão séria e tão grave?
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