PREFERÊNCIA
O Presidente Jair Bolsonaro confirmou a vinda à Santa Catarina para dois eventos: um em Chapecó e outro em Florianópolis.
Como a política é um jogo de interesse interminável, a disputa já começou.
O prefeito de Chapecó João Rodrigues – PSD – quer colher os louros e contabilizar numa possível caminhada como candidato ao governo do Estado.
O senador Jorginho Mello – dono do PL e com uma mão no Patriotas – também quer tirar uma casquinha.
DOIS LADOS
O município de Chapecó – por ação de João Rodrigues no enfrentamento ao Coronavírus – ofereceu um “senhor palanque” para o Presidente Jair Bolsonaro.
Rodrigues mostrou que é possível o enfrentamento com ações precoces e saiu em defesa do Presidente contra a chamada “grande mídia”.
Já o senador Jorginho Mello, além da defesa ferrenha do presidente no senado, é tido como o “pai do PRONAMPE” que acabou socorrendo muitos pequenos e médios empresários no período da pandemia e também – declaradamente – coloca-se como candidato ao governo do Estado.
NEUTRALIDADE
Bolsonaro não pode perder o apoio de ambos, portanto, deverá ficar neutro em termos de preferência, ou seja, deverá manter a boa convivência.
Se a vinda soma politicamente, as estratégias de cada um deverão dizer qual será a colheita.
ENQUANTO ISSO
O MDB continua indeciso: faz ou não faz prévias?
Disputa interna é saudável ou o consenso seria o melhor caminho?
Há defensores para todos os gostos:
- Os que defendem prévias como uma forma democrática de participação
- Os que defendem consenso por entenderem ter o significado de união da sigla
- Há quem aponte a situação da pandemia como argumento para adiar
- E tem quem ache que disputa mesmo só deve ficar na busca pelo voto do eleitor.
E O MERÍSIO?
Os tucanos catarinenses ainda não de convenceram sobre a viabilidade da candidatura de Gelson Merísio ao governo do estado.
A pergunta que ecoa é a seguinte:
- Onde é a base eleitoral do postulante?
Se a arrancada de uma candidatura depende da origem (município ou região), a coisa anda estranha porque Merísio não tem tal definição.
Se foi do sul do Estado – já não é mais.
Pertence ao norte/nordeste? Também não.
SELETIVOS
Os senadores Omar Aziz e Renan Calheiros – presidente e relator da CPI da Pandemia, respectivamente – se mostram cada vez mais seletivos na busca de culpados pela chegada do vírus ao Brasil e suas consequências.
Escolhem quem pretendem ouvir, acusar ou poupar.
Até agora, os governadores sobejamente conhecidos em situações de superfaturamento, desvios e etc, sequer foram cogitados para oitivas.
Estão dando “uma moral” tremenda ao ex-governador (cassado por unanimidade, por sinal) Wilson Witzel.
Mas a palavra de Witzel tem validade?
Para escapar de tantas acusações ele não poderá criar factoides?
Por que os governadores – sabidamente, ladrões – não são convocados?
Comentários: