TEMPOS NEBULOSOS
Salvo os contaminados pelos efeitos do adestramento, a maioria esmagadora do povo brasileiro sabe que vivemos tempos nebulosos.
O julgamento (suspenso) do TSE – Tribunal Superior Eleitoral – é prova disso.
Aqui no Brasil, o Ministro do TSE à época Edson Fachin, se reuniu com diplomatas, o que não é sua função.
Já o Presidente da República (no caso, Jair Bolsonaro) que detinha a obrigação de fazê-lo, agora está sendo julgado pelo ato.
Pedir transparência no processo eleitoral, virou crime.
“Fazer desaparecer” inserções de propaganda eleitoral em rádio, não.
Está tudo do avesso e há um processo de aceitação indescritível.
E O GENERAL GDIAS?
A desculpa mais esfarrapada que poderia sair da boca do ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, saiu.
Segundo GDias, o relatório enviado à CPMI dos atos de 8 de janeiro, jamais foi adulterado e sim, arrumado.
Se o “arrumado” não significa adulteração, as coisas estão de cabeça para baixo.
Não sei o que vai sair da tal CPMI (não acredito em muita coisa), mas uma coisa é garantida: será escândalo em cima de escândalo.
Se não for a desmoralização total de muitas autoridades, o caminho estará muito próximo disso.
Mas como dizem alguns integrantes da ORCRIM:
- Quem é que está preocupado com escândalos, moral ou assemelhados?
Essa gente está habituada ao limbo da falta de caráter.
FUI PESQUISAR
Na sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul na semana passada, a legisladora Nina Santin Camelo (PP) foi enfática em “acusar as capivaras como transmissoras da febre maculosa através de suas fezes”.
Chegou a mostrar um vídeo de um dos locais onde o roedor havia defecado.
Incomodado, resolvi pesquisar, afinal de contas, sempre li que “o transmissor da febre maculosa é uma espécie de carrapato, denominada “estrela”.
Leitura pra cá e leitura pra lá, o achado:
A febre maculosa é causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, presente nas fezes do carrapato-estrela, vetor transmissor da doença e é transmitida por meio da picada de uma das espécies de carrapato, ou seja, ela não é transmitida diretamente de pessoa para pessoa pelo contato.
Para haver transmissão da doença, o carrapato infectado precisa ficar pelo menos quatro horas fixado na pele das pessoas. Os carrapatos mais jovens e de menor tamanho são os mais perigosos, porque são mais difíceis de serem vistos.
VOLTEMOS ÀS CAPIVARAS
Quando são infectadas por carrapatos vetores, as capivaras hospedeiras podem apresentar bactérias na corrente sanguínea (bacteremia) por até três semanas, podendo levar à morte ou à cura. Durante a bacteremia, as capivaras podem disseminar o agente para outros carrapatos que as estiverem parasitando, causando transmissão da bactéria para outros animais no ambiente.
Onde a nobre vereadora achou que “fezes de capivara transmite a febre maculosa se a bactéria está na corrente sanguínea e o carrapato que é um parasita (existem parasitas humanos também) precisa exatamente do sangue para ser contaminado?
TORCEM O NARIZ
Falo sempre que “alguns arremedos de político e seus lambe-botas” gostam muito de elogios, mas sentem aversão à verdade.
Quando citei o deboche em que se transformou a tal CPI do Samae em Jaraguá do Sul, os melindres foram alvoroçados.
Alguns ficaram “dodói” com a leitura do momento e que foi feita por mim.
Uma comédia, uma palhaçada, um cunho político descarado e claro, os que tentaram obter alguma vantagem dos momentos de escárnio.
O ato se transformou em objeto de interesse pessoal e com temas totalmente fora de contexto.
Acho uma pena que a maioria esmagadora das pessoas não assistem aos episódios (melhor do que série da Netflix) e fiquem conhecendo mais da vereança.
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