A COISA FICOU SÉRIA
Pelo visto e acontecido, o caldo entornou para os lados do Secretário de Administração Prisional, Carlos Alves.
Na manhã de ontem, o governador foi “intimado” pela bancada do PL para tratar do assunto em reunião que foi marcada para 19 horas.
Além do “episódio na Assembleia” e que deixou um climão, os deputados receberam extensa denúncia contra o titular da SAP.
Há informações de um “desgaste imenso” junto à categoria e entre as alegações, as perseguições estão na ordem do dia.
Há quem diga que o Secretário não tem “feeling” para lidar com os Policiais Penais e Agentes Socioeducativos.
Também dizem que Carlos Alves “não tem o hábito de se conter diante de uma situação e logo parte para o confronto”.
Na política, o comportamento agressivo não funciona.
O “pomo da discórdia” teria sido o enfrentamento do Secretário ao ser cobrado sobre nomeações na pasta.
O Deputado Ivan Naatz (foto principal) disse que "não sabia", depois disse que "era mentira de alguém querendo prejudicar", mas a coisa veio à tona. Pelo visto, a mentira não estava no fato, mas em tentar esconder.
O Deputado Marcius Machado, também negou, ou melhor, tentou esconder.
O deputado Carlos Humberto (PL de Balneário Camboriú) que teria convidado ao Secretário Carlos Dias para que se retirasse do local., argumentou que "não se sentia à vontade para comentar o assunto".
NÃO VOU
Li – e o fiz repetidas vezes – a carta/denúncia que foi encaminhada aos Deputados.
Até pensei em publicá-la, mas em se tratando de denúncia, o caminho correto é aguardar as apurações, caso aconteçam de fato.
São 17 páginas com relatos, links e fotos.
Se os fatos narrados são verdadeiros, a situação é muito grave.
Aliás, é gravíssima!
Aqui no Brasil é muito comum que “tudo acabe em nada”, mas no presente caso, os apontamentos são muito sérios para que empurrem “para debaixo do tapete”.
Se a coisa chegou ao Governador Jorginho Melo, a situação do Secretário Carlos Alves está por um fio.
Na missiva, o denunciante pede que o teor seja lido em plenário, o que daria um caráter oficial ao caso e exigiria uma apuração – até de outros órgãos governamentais.
OUTRO PONTO
A denúncia pede ainda a perícia em computadores do setor de inteligência da SAP.
Segundo o relato, os equipamentos estariam sendo usados na “fabricação de dossiês” contra desafetos.
O mesmo documento cita uma reunião entre “liderança de facção criminosa” e o Secretário. No “acordo” houve concessão de benefícios e em troca, os familiares dos presos deveriam sair de frente das unidades prisionais.
Carlos Alves – à época – negou as tratativas, apesar de um vídeo mostrar pessoa falando oficialmente em nome da pasta sobre as “novas medidas que seriam adotadas”.
Como é que o Ministério Público não se interessou pelo episódio se houve alteração até na estrutura funcional da pasta?
Vamos aguardar qual será a atitude dos Deputados do PL e do próprio governador Jorginho Melo.
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