BRASÍLIA NÃO É A MESMA
A primeira-dama, Janja, é vista como um problema para o governo. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, em reportagem publicada neste domingo, 18, a socióloga tem poder de veto no Palácio do Planalto.
A primeira-dama Janja interfere no governo do marido Lula (PT) de maneira que vem provocando insatisfação, sobretudo em áreas como economia, segurança pública e publicidade.
Instalada em uma sala ao lado do gabinete do presidente, no terceiro andar do Palácio do Planalto, ela define até quem deve ou não ser recebido pelo marido e até a duração da audiência.
De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, publicada neste domingo (18), Janja dá palpites sobre os mais variados assuntos, incluindo relações com os militares, e veta o agendamento de reuniões de Lula com deputados e senadores.
Muito embora ela não exerça cago público com prerrogativas de decisão, passa pelo crivo da primeira-dama até mesmo a propaganda oficial: só se divulga o que ela aprova.
A BANDIDAGEM APLAUDE
A aprovação do projeto deputada Dani Cunha (União-RJ), muito piorado pelo relator Cláudio Cajado (PP-BA), que tipifica como crime a negativa de serviços financeiros a pessoas “politicamente expostas” (PEPs), ameaça o sistema financeiro nacional, de acordo com avaliação da ONG Transparência Internacional.
O projeto aprovado caracteriza como “discriminação” a negativa de serviços como abertura de contas, investimentos ou mesmo operações de crédito a “pessoas politicamente expostas”, obrigando instituições financeiras a não negar serviços, independente dos riscos, a investigados e réus de ações penais.
O projeto, que agora será avaliado no Senado, ataca diretamente um instrumento central no combate à lavagem de dinheiro e ao uso de laranjas: o monitoramento adicional e a tomada de medidas mitigadoras de riscos com relação a “pessoas politicamente expostas”. As chamadas PEPs são ocupantes de cargos e funções públicas que, em razão de sua atuação profissional, apresentam riscos adicionais de lavagem de dinheiro e de financiamento do terrorismo.
JÁ VIMOS O FILME
O “Presimente” está anunciando a versão III do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento.
Para quem não se lembra ou finge demência, o referido instrumento foi um dos maiores projetos (senão, o maior) de corrupção já institucionalizado no Brasil.
Ocorreram: desvios, superfaturamento, propinas aos baldes, corrupção galopante – tudo em nome do suposto “reaquecimento da economia”.
Agora, o PAC tem uma segunda intenção: recuperar a popularidade do governo e evitar queda em velocidade máxima como a que está ocorrendo.
Trata-se de um “não vale a pena ver de novo”, mas acontecerá tudo o que já sabemos e testemunhamos.
A corrupção desenfreada é apenas uma questão de tempo.
COMPORTAMENTO HUMANO
Algumas pessoas fingem desconhecer determinados assuntos por interesses inconfessáveis.
O mais interessante de tudo é que “esquecem”, exatamente, o que é de domínio público.
Tenho visto muito disso no meu dia-a-dia, no entanto, faço questão de lembrar aos esquecidos.
Ameaças, ainda que veladas, fazem parte do meu trabalho há muito tempo.
O medinho deixo para os iniciantes e que ainda não conhecem “os cacos, as tralhas com as quais lidamos cotidianamente”.
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